Especialidade trata o paciente nas suas questões físicas e psicossociais. Nos últimos dez anos houve aumento de 30% destes profissionais, mas demanda ainda é grande

A medicina é uma das ciências mais antigas do mundo e fundamentais para a saúde do ser humano. Uma das especialidades médicas mais importantes é a Medicina da Família e Comunidade, que trabalha o conceito de Atenção Primária à Saúde (APS), ou seja, uma assistência com foco no paciente e no ambiente em que vive, e com atuação mais preventiva do que curativa. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que a medicina preventiva é capaz de resolver até 85% dos problemas de saúde da população.

No último dia 5 de dezembro foi comemorado o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade. Com grande conhecimento das patologias, esse especialista é capaz de diferenciar e intervir precocemente para evitar doenças. Além disso, possui uma relação mais próxima e humanizada com os pacientes.

O médico de família da Usisaúde, Nicolas Carvalho Drumond, destaca o olhar diferenciado para as diversas doenças e o zelo com o paciente na sua totalidade e individualidade. “O vínculo torna-se uma ferramenta de cuidado ao longo do tempo. A especialidade não só resgata a humanização na medicina, como o médico se propõe a ser o gestor da saúde da pessoa. Quem é médico de família conhece os medos, os receios e a vida do seu paciente. Tudo isso vai influenciar na saúde e no bem-estar da assistência”, ressalta.

Como o médico de família acompanha o paciente ao longo dos anos, ele tem propriedade para decifrar suas alterações no organismo, indicar exames, internações, procedimentos e encaminhar para outros especialistas, quando for o caso, e, até mesmo, prevenir doenças. Além disso, o acompanhamento desse especialista pode diminuir o gasto com a saúde pública, pois a população tende a ir menos em prontos-socorros e apresenta menor taxa de complicação de doenças crônicas.

Eficiência

Na última década, as operadoras de saúde tiveram grande despertar para a atenção primária à saúde, o que resultou em redução de custos e sinistralidade. A Usisaúde, operadora de planos de saúde da Fundação São Francisco Xavier, é um exemplo de modelo assistencial voltado para atenção primária. O índice de satisfação do paciente (NPS) subiu para 87% e, no último quadrimestre, a operadora reduziu em 23% seus custos assistenciais.

O motorista de ônibus Gessi Araújo, de 63 anos, é um dos exemplos dos bons resultados da medicina de família. Morador de Ipatinga, Gessi conta com o programa de atenção primária Usifamília, da Operadora Usisaúde. Com diabetes, ele está há pouco mais de um ano sob os cuidados da medicina de família e passou a ser acompanhado por uma equipe que envolve vários profissionais em um atendimento integrado e humano.

“É uma equipe que se preocupa com o bem-estar da gente, seja no cuidado, na cautela e no compromisso de melhorar a vida do paciente. Eu tenho consultas com vários profissionais médicos, enfermeiros e nutricionistas que me acompanham com muito carinho”, comenta.

Desde que passou a ser atendido pela medicina de família, o motorista tem comemorado a melhora em seu estado de saúde. “Eu ganhei 10kg, não tenho mais cansaço, nem boca seca e visão escura. Me sinto bem melhor e com a autoestima renovada. Os profissionais são muito especiais, nos orientam e aconselham. Eu fiquei muito mais à vontade porque sei que estão do meu lado, pois são profissionais humanos e recebem a mim e a minha família”, conclui.