Parceria entre os festivais BH in Solos, Curta Dança, Rede Sola de Dança, o evento reúne criadores e pesquisadores da dança, teatro e performance, dos estados de Minas, Rio, São Paulo, Ceará e Bahia. A programação é toda online, com espetáculos,

bate-papos (ao vivo) e residência artística.

De 18 de fevereiro a 7 de março, acontece o Circuito de Festivais BH – um encontro virtual entre artistas da cena. Durante três semanas, em vez de ir de um teatro ao outro, o público acompanha a programação do Circuito, também de forma itinerante, só que pelos canais do Youtube dos três festivais realizadores. Estão previstos 9 espetáculos inéditos de teatro, dança e performance (todos inéditos), bate-papos (ao vivo), além de residência artística voltada para estudantes e artistas com pesquisa em andamento. Informações sobre a convocatória e sobre a programação do Circuito: @circuitodefestivaisbh e https://www.facebook.com/circuitodefestivais.bh

Participam da edição virtual artistas de vários cantos do país, entre eles, o ator e diretor veterano Lenine Martins (MG) com estreia de novo trabalho, a atriz do Grupo XIX Janaína Leite (SP), a bailarina e performer de longa trajetória na dança Silvia Moura (CE),o ator e pesquisador de dança inclusiva Edu O (BA) e Renata Carvalho (SP – atriz e dramaturga trans, censurada pelo polêmico solo O evangelho segundo Jesus, Rainha do céu”. Dessa vez, ela vem a BH com trabalho inédito na capital, o solo “Manifesto Transpofágico” que abre o Circuito de Festivais BH, dia 18 de fevereiro, quinta-feira, às 19h, no canal do Youtube BH In Solos.

Com atuações representativas nos segmentos da dança e do teatro em Minas, os festivais BH In Solos, Curta Dança e Rede Sola de Dança decidem se unir em momento de pandemia. Segundo Robson Vieira, idealizador do BH In Solos, o encontro nasce do desejo de fomentar e abranger a diversidade das artes do corpo, na capital mineira, alcançando um número significativo de pessoas da cadeia produtiva das artes. “Em momento tão delicado, entendemos que nos movendo juntos, temos mais visibilidade e oportunidade de trocas sobre criação, inclusive entre artistas daqui e de outros estados”, afirma.

As linguagens e estéticas diversas, presentes nos trabalhos solo selecionados, levantam discussões sobre tecnologias da cena, performatividade, questões de identidade, gênero, acessibilidade, entre outras. “Vamos ter uma pluralidade de trabalhos e olhares que carregam em comum as artes do corpo, seja na dança, teatro ou performance”. Cris acrescenta que “a curadoria teve escuta atenta para pautas urgentes da cena contemporânea, e selecionou, sobretudo, trabalhos ligados a minorias. “Temos em cena, por exemplo, artistas da militância negra, trans, e da dança inclusiva”, explica Cris Diniz, que representa o Festival Curta Dança.

Durante a programação, o público terá acesso a 9 espetáculos solo inéditos. Cada festival parceiro ficou responsável pela curadoria de três trabalhos. BH In Solos convidou o “Manifesto Transpofágico” de Renata Carvalho (SP) – manifesto trans que narra, com o corpo da artista, sua “transcestralidade”; a “Peça” de Marat Descartes (SP) que reflete sobre o contexto sociopolítico do Brasil e o isolamento social, em tempos de pandemia. E por último, “Um anjo passou por aqui”, novo trabalho solo do artista mineiro Lenine Martins (MG) sobre os encontros e desencontros do amor, numa narrativa construída pelo teatro físico, a manipulação de objetos e a musicalidade do corpo.

Já a Rede Sola assina a curadoria dos solos Ah, se eu fosse Marilyn”– que reflete sobre a passagem do tempo -, com o pesquisador de dança inclusiva Edu O (BA); Em “BiChobicHa”, Nadja Kai Kai (BH) trata de estereótipos e representações das pessoas LGBTQIA+, influenciadas pela estética do universo DragQueen. E por último, “EBÓ” de Morena Nascimento (SP), solo- homenagem ao capoeirista e dançarino negro Eusébio Lobo e sua importância para a cultura brasileira.

Por fim, a equipe do Curta Dança colabora para a programação com “RÉS” de Veronica Santos (SP), que fala do universo do encarceramento feminino e a vulnerabilidade desses corpos. Já “LOA” de Flaviane Lopes (BH) traz o corpo negro, sua permanência e travessia pelos séculos. Uma dança que desfragmenta corpos outrora usurpados e cria forças para seguir. Por fim, em Ex-tinto”, Rodrigo Antero (BH) reflete sobre seu corpo-memória e subjetividade negra: narrativas de invisibilidade e apagamento.

Todo sábado, durante o festival, o Circuito de Festivais BH propõe rodas de conversa transmitidas ao vivo para o público, pelo Youtube, com o objetivo de propor discussões sobre bastidores da cena, curadoria e sobre arte e tecnologia no contexto de pandemia. Estão previstos os seguintes bate-papos: “Produção e criação em pandemia” com Nadja Kai Kai (BH), Renata Carvalho (SP),  Silvia Moura (CE) e mediação de Priscila Patta (Rede Sola de Dança) e Robson Vieira (BH In Solos); “Dança e Tecnologia” com Kenia Dias e Thembi Rosa e mediação de Priscila Patta (Rede Sola de Dança); “Curadoria” com Carol Fescina (RJ) e Felipe Assis (BA) e mediação de Cris Diniz (Curta Dança); e Interseção entre cinema e teatro na quarentena” com Júlio Viana (MG) e Janaína Leite (SP) e mediação de Robson Vieira (BH In Solos).

Além dos solos e bate-papos, a programação conta ainda com uma residência artística que seleciona, por meio de convocatória online aberta, cinco artistas que estejam com pesquisas em andamento e possuam cinco anos de experiência comprovada de atuação na dança, teatro e performance. A convocatória está aberta até dia 8 de fevereiro, segunda. Durante e ao final da residência, os artistas irão compartilhar o processo de criação e o resultado com o público, pelas páginas do Youtube dos festivais.

Por ser uma edição toda online, foi possível ampliar a diversidade da programação, tanto do ponto de vista de quantidade, como de qualidade dos trabalhos e bate-papos oferecidos ao público. “Talvez não tivéssemos conseguido realizar tantas coisas numa única edição e nem explorado tantas possibilidades trazidas pelo digital, se fosse presencial”, explica Priscila Patta, gestora da Rede Sola de Dança.

CIRCUITO DE FESTIVAIS BH – EM NÚMEROS 

> 9 espetáculos solo inéditos em BH

> 5 artistas selecionados para a residência artística

> 1 Mostra de resultado dos trabalhos desenvolvidos nas residências

> 4 bate-papos

> 28 artistas e profissionais da cultura envolvidos

SERVIÇO

CIRCUITO DE FESTIVAIS BH – edição virtual

Um encontro entre artistas da cena

= 18 de fevereiro a 7 de março de 2021=

Para o público em geral, nos canais do Youtube dos festivais realizadores do circuito

BH In SOLOS – https://www.youtube.com/channel/UCZvErbVvPeVbS4ceRzt92zg

CURTA DANÇA –  https://www.youtube.com/channel/UCAW8NwtV4qSwiuyYJa2I1qQ

REDE SOLA DE DANÇA – https://www.youtube.com/channel/UCP8IHKp9J4VsgrrihxJTm8w

ABERTURA – 18 de fevereiro, quinta-feira

Espetáculo “Manifesto Transpofágico” com Renata Carvalho

19h – no Youtube do Festival BH In Solos

(Classificação indicativa: 18 anos)

15 de fevereiro a 3 de março – residência artística

(voltada para estudantes e artistas com pesquisa em andamento)

Mais informações sobre a programação:

Instagram: @circuitodefestivaisbh

Facebook https://www.facebook.com/circuitodefestivais.bh