Número de empregados no setor também caiu

Os indicadores da Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais mostraram que a atividade do setor encerrou julho em queda, embora menos acentuada do que a verificada no mês anterior. O número de empregados também recuou, apesar da melhora do índice frente ao apurado em junho. Com relação às expectativas para os próximos seis meses, os empresários estimam certa estabilidade no nível de atividade e no emprego – após dois meses prevendo recuo – e esperam queda nos lançamentos de novos empreendimentos e serviços pelo terceiro mês consecutivo.

O índice de intenção de investimento aumentou em relação ao mês anterior, mas, ainda assim, segue em patamar muito baixo.

Desempenho da indústria da construção mineira – O índice de atividade da Construção alcançou 45,8 pontos em julho, crescendo 3,1 pontos frente a junho (42,7 pontos). Na comparação com julho de 2017 (41,6 pontos), o indicador aumentou 4,2 pontos, e foi o maior para o mês em quatro anos. Contudo, o índice permanece abaixo de 50 pontos desde novembro de 2012 – valores abaixo de 50 pontos apontam recuo da atividade.

O indicador de atividade em relação à usual caiu 1,3 ponto, saindo de 27,7 pontos, em junho, para 26,4 pontos, em julho. O índice está abaixo de 50 pontos, o que significa que o setor da Construção continua operando abaixo do padrão para o mês.

O indicador de número de empregados aumentou 4,4 pontos entre junho (40,4 pontos) e julho (44,8 pontos), sinalizando queda do emprego menos intensa do que no mês anterior. Com o avanço, o índice, que até junho acumulava retração de 2,9 pontos, passou a acumular crescimento de 1,5 ponto em 2018. Entretanto, o resultado foi 0,3 inferior ao apurado em julho de 2017, e segue abaixo de 50 pontos há quatro anos.

Expectativas da indústria da construção mineira – Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, da compra de insumos e matérias-primas, do emprego e dos novos empreendimentos e serviços nos próximos seis meses. Valores abaixo de 50 pontos apontam perspectivas de queda.

O indicador de expectativa do nível de atividade aumentou 3,1 pontos frente a julho (46,8 pontos), atingindo 49,9 pontos em agosto. De janeiro a maio, o índice apontou perspectiva de elevação da atividade e, em junho e julho, de queda. No mês de agosto, ao ficar bem próximo de 50 pontos, sinalizou estabilidade para os próximos seis meses. Vale ressaltar que o indicador foi o melhor para agosto desde 2013.

O índice referente às compras de insumos e matérias-primas também cresceu na comparação com julho (46,9 pontos), marcando 49,5 pontos em agosto. Ainda que permaneça inferior aos 50 pontos, atingiu o maior nível para o mês desde 2013.

O indicador com relação ao número de empregados aumentou 4,5 pontos frente a julho (45,5 pontos), e ficou na linha de 50 pontos em agosto. O resultado significa que os empresários esperam que o número de empregados não se altere nos próximos seis meses. Vale destacar que o índice foi 3,1 pontos superior ao de agosto de 2017 e o melhor para o mês em cinco anos.

O indicador de novos empreendimentos e serviços recuou 0,5 ponto entre julho (47,4 pontos) e agosto (46,9 pontos), apontando maior pessimismo dos construtores com relação aos novos empreendimentos e serviços. No entanto, o índice foi 1,0 ponto acima do verificado em agosto de 2017 (45,9 pontos) e o mais elevado para o mês nos últimos cinco anos.

Intenção de investimento: O índice de intenção de investimento aumentou 2,2 pontos entre julho (24,1 pontos) e agosto (26,3 pontos), o segundo crescimento mensal em 2018: o primeiro, de 2,9 pontos, ocorreu em abril. Apesar da melhora, o indicador acumula queda de 8,0 pontos neste ano. O índice de intenção de investimento varia de 0 a 100 pontos, e quanto maior o valor, maior é a intenção de investir.

Sobre a Sondagem – A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais é elaborada pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).

Gráfico – O material ilustrativo pode ser conferido no anexo.

Sugestões de fontes:

Economista e coordenador sindical do Sinduscon-MG, Daniel Furletti