Os sindicatos da capital mineira estão esperando uma grande adesão para o ato do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, que terá atos em 23 estados do país contra a reforma da Previdência

Os sindicatos de Belo Horizonte esperam uma grande adesão para o ato do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, que terá atos em 23 estados do país na manhã desta quarta-feira (15). A manifestação, marcada para o mesmo dia das assembleias dos trabalhadores da educação, tem como principal reivindicação a não aprovação da reforma da Previdência e a saída do presidente Michel Temer (PMDB).

O Jornal O TEMPO fez um levantamento com os sindicatos e preparou uma lista com o que vai parar.

Metrô para: O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) anunciou na noite de segunda-feira (13) que a categoria paralisará 100% de suas atividades durante 24 horas, a partir da meia-noite de quarta-feira. A paralisação deve afetar a rotina de 230 mil usuários que diariamente utilizam o serviço. Procurada na terça-feira (14), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) ainda não se manifestou sobre a paralisação.

Ônibus não para: Já o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTR-BH) informou que participará das manifestações, mas que não está prevista nenhuma paralisação da categoria.

Posto de saúde devem parar: De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, os servidores da saúde municipal também deverão aderir em massa à paralisação. “Os postos de saúde provavelmente estarão fechados, pelo menos na parte da manhã. As Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e o Hospital Odilon Behrens terão a escala mínima de 30%, funcionando apenas urgência”, explicou.

Coleta de lixo será afetada: Ainda segundo o Sindibel, nesta quarta-feira os trabalhadores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) também deverão aderir ao movimento. “Os bairros que tem coleta neste dia não deverão contar com o serviço”, disse Arimar.

Administração, Sudecap e fundações municipais vão aderir: Os trabalhadores da administração da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e das fundações do município também deverão aderir à paralisação. “O BH Resolve é formado em 80% por servidores terceirizados. Por isso não tenho como falar, mas acredito que não sofrerá alteração no serviço”, finalizou o presidente do Sindibel.

Correios também não funcionam: Quem espera alguma correspondência ou pretende postar algo nos Correios, deve fazê-lo nesta terça-feira (14) ou poderá aguardar até a próxima quinta-feira (16). O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG) também confirmou adesão dos trabalhadores à Paralisação Nacional contra a reforma da Previdência.

Escolas e universidades terão professores de greve: Conforme a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), diversos sindicatos da educação estão engajados na manifestação desta quarta, entre eles o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindute), Sindicato dos Trabalhadores Educação Municipal de BH (Sind-Rede), Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Pública do Brasil (Fasubra), entre outros.

Com isso, escolas públicas estaduais e municipais, institutos e universidade federais (IFMG, Cefet, UFMG, UFOP, entre outras) e, até mesmo, escolas particulares poderão sofrer baixas tanto de professores como de servidores técnico-administrativos. Não é possível precisar se haverá aula nestas instituições.

Trabalhadores de indústrias também prometem paralisação: Ainda conforme a CUT-MG, trabalhadores industriais, representados pelo Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindpetro) e do Sindicato dos Metalúrgicos de BH e Contagem (Sindimetal) também confirmaram adesão à Paralisação Nacional.

Fonte Jornal O Tempo