Evento é o maior prêmio de arte-educação do Brasil, voltado exclusivamente para professores de Arte

A unidade de Belo Horizonte, da rede de Colégios Santa Marcelina, instituição educacional que alia a tradição de gerações à inovação presente em uma proposta educacional disruptiva, é finalista do Prêmio Arte na Escola Cidadã, com um projeto sobre o Holocausto Brasileiro. O responsável pela iniciativa foi o professor de Arte da instituição, Aloísio Rabelo. Os vencedores serão divulgados durante cerimônia na próxima quinta-feira (21).

Entre os objetivos do projeto, estão elencados posicionar os estudantes de forma crítica, reflexiva e ética diante das produções artísticas; apreciar a arte, considerando os contextos históricos, sociais e políticos, as suas diferentes linguagens e de suas relações em uma obra e, por fim, construir autonomia criativa e expressiva, conjugando aspectos pragmáticos e subjetivos.

De acordo com o professor de Arte do Colégio Santa Marcelina e criador do projeto, Aloísio Rabelo, a premiação é importante para demonstrar a efetividade deste modelo, que tem sido fundamental para ampliar a aprendizagem dos estudantes do colégio. “Certamente, chegar até aqui é muito gratificante, uma vez que demonstra a relevância de inovar nas metodologias de ensino e os efeitos disto para o crescimento e a ampliação dos conhecimentos dos estudantes”, explica Rabelo.

O projeto

Ao todo, participaram 3 turmas de aproximadamente 40 estudantes, referentes ao 9º ano da unidade de Belo Horizonte, totalizando cerca de 120 jovens. Durante o processo de aprendizagem, os conceitos de Arte Contemporânea, de objetos e instalações artísticas, materiais relacionados ao tema Holocausto Brasileiro e as trajetórias do artista plástico sergipano Artur Bispo do Rosário e de Nise da Silveira (a mulher que revolucionou o tratamento mental através da arte), foram fundamentais para a finalização do projeto.

Rabelo explica a importância da experiência para o processo de aprendizagem, visto que foram diversas etapas percorridas até a conclusão do trabalho. “Durante a jornada, os estudantes passaram por análises de obras de artistas, encontros em grupos de trabalho presencial e online, pesquisas, investigações e criações coletivas auxiliadas pela Metodologia Ativa de Aprendizagem baseada em Projetos ABP e por ferramentas digitais como Sway e Padlet, que serviram como depositórios de informações”, acrescenta Rabelo.

Como resultado, foram construídos 20 artefatos artísticos entre pinturas, esculturas, vídeos e objetos, e todo esse acervo foi apresentado em uma exposição presencial, chamada “Resiliência”, no fim de 2021.

Ao final das produções dos artefatos artísticos, os grupos se prepararam para receber a visita de Rejane Faria, atriz da série Colônia, da Globoplay, – uma releitura do best-seller Holocausto Brasileiro, reconhecido como “Melhor Livro-Reportagem do Ano” pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013), de autoria da jornalista Daniela Arbex. Os estudantes receberam também um vídeo de Daniela Arbex que agradeceu aos alunos pelos trabalhos desenvolvidos e por não deixarem que essa história seja esquecida. 

Enxergando novas possibilidades de amplificar o trabalho e manter vivo o acervo que foi construído, o professor foi em busca de criar em um espaço virtual, dentro do ambiente metaverso, que oferecesse para outras pessoas a possibilidade de visitar a exposição. A galeria virtual pode ser visitada no link: artsteps.com/profile/61be37f9d7a953663208b196/exhibitions