Assim como a cachaça está para o Brasil, pode-se afirmar que o whisky está para a Irlanda. Entretanto, essa relação semiótica não limita fronteiras para a produção da bebida, e a prova disso é o destaque que a mineira Lamas Destilaria tem recebido ao redor do mundo. Desde que se lançou no mercado, em 2019, seus rótulos conquistaram medalhas em diversos concursos internacionais, além de pontuações altíssimas na “bíblia mundial do whisky”, chancelada pelo especialista independente mais renomado do mundo, Jim Murray. O destaque dos mineiros chamou a atenção da Waterford Distillery, que em visita ao Brasil para o lançamento do primeiro whisky biodinâmico do mundo, escolheu a Lamas como anfitriã, em um encontro que acontecerá no dia 29 deste mês.

Além do lançamento da bebida, que por si só representa um marco para o segmento, a visita apresentará também os resultados de longos anos de estudos realizados pela Waterford, e que revelam a importância do terroir – relação da terra produtiva com o sabor de seus produtos – na produção do whisky. “Será um encontro muito especial, já que de certa forma, sermos escolhidos como anfitriões desse momento demonstra a qualidade do trabalho que estamos fazemos e a visibilidade que atingimos”, declara Luciana Lamas, sócia e responsável pelo marketing da Lamas Destilaria.

Muito reconhecido na composição do vinho, o terroir para o whisky ainda é pouco explorado e os resultados dos estudos, que serão apresentados pela representante da Waterford, a especialista Angelita Fonseca Hynes, vão revelar resultados inéditos para o setor. “Para nós é muito significativo ter aqui uma destilaria irlandesa que se desafia e inova, assim como nós, e que respeita e reconhece o nosso trabalho para marcar esse momento”, orgulha-se Luciana.

De acordo com a empresária, o encontro também será uma ótima oportunidade para “trocar figurinhas”, já que ambas as destilarias reúnem propósitos semelhantes em suas produções. “Quem sabe possa até surgir uma colab entre as nossas destilarias”, deixa no ar Luciana.