Dr. Mauro Oscar Soares de Souza Lima, médico e Diretor de Hospitais da Fundação São Francisco Xavier

Doação, disciplina, solidariedade, amor ao próximo e à profissão. Os principais fundamentos do juramento de Hipócrates nunca foram tão essenciais durante a mais danosa e mortal pandemia do século 21. Durante toda a pandemia do novo coronavírus, os profissionais da saúde, têm tido papel essencial no atendimento aos pacientes e no enfrentamento a uma doença inicialmente desconhecida, altamente contagiosa e perigosa. Neste Dia 18 de outubro, Dia do Médico, é importante a reflexão e a justa homenagem a esse profissional tão necessário para um mundo mais saudável e por que não mais humano.

A escolha do dia 18 de outubro para homenagear os médicos tem uma ligação direta com o cristianismo. É também o dia de São Lucas, que foi um médico e é o padroeiro da profissão. São Lucas é um dos quatro evangelistas do Novo Testamento. Antes de ser pintor, músico e historiador, ele teria estudado medicina e se tornado um dos mais intelectuais discípulos de Cristo.

Desde março de 2020, quando a OMS declarou a covid-19 uma pandemia mundial, que a saúde do planeta passa por momentos difíceis com a maior crise sanitária já vivida nos últimos tempos. Hospitais lotados com inúmeros pacientes infectados pela covid-19, fila para atendimentos, superlotação nos leitos e uma enorme carga de trabalho. Os médicos, assim como toda equipe de profissionais da saúde, passaram por momentos de total entrega e doação.

Os que estavam na linha de frente não tinham tempo para sentimento de insegurança e receio. E foi na rotina do dia a dia de uma grande epidemia, que muitos no mundo inteiro passaram a valorizar o papel do médico. Eles ganharam aplausos, ganharam a confiança e estamparam o noticiário com a dura tarefa de quem precisa arriscar a própria vida para salvar a do próximo.

A pandemia trouxe à tona a importância do médico e de todos os profissionais da saúde para o bem de toda a sociedade, independente de classe social, raça ou religião. Todos os pacientes, sem distinção, tinham suas vidas entregues a essas pessoas. E não só pacientes, os familiares também precisaram de ajuda. E como foi e tem sido essencial a relação médico-paciente. A arte de cuidar e zelar pelo próximo ganhou contornos ainda mais humanizados.

Nós, da Fundação São Francisco Xavier, assim como nosso patrono, o santo que teve uma vida entregue às missões e co-fundador da Companhia de Jesus, também temos compromisso, uma bela missão: a de salvar vidas. Nossa maior filosofia de trabalho é com o atendimento humanizado. Por isso, temos muito orgulho em dizer que nossos médicos e equipe da saúde tem estado durante todo esse período crítico de pandemia utilizando dos nosso preceito de cuidado, respeito e carinho ao próximo.

Além dos cuidados diários, instituímos em todas as nossas unidades hospitalares várias ações para tornar o atendimento médico mais humano. Uma delas foi a adesão ao projeto mundial “O que Importa para você”, onde realizamos desejos simples de pacientes internados há muitos dias, dentre eles, vários em leitos de UTI Covid. Nossas ações foram premiadas nacionalmente e até internacionalmente.

Nesta data especial como a do Dia dos Médicos gostaríamos de mais uma vez agradecer aos nossos médicos e ressaltar o papel humano e alentador de que um médico é capaz de realizar com maestria. Exercer a profissão é colocar em prática o amor e a compaixão ao próximo. Essa tarefa de cuidar de gente com carinho, respeito e humanidade é o maior compromisso de um médico. Esses preceitos são mais do que um juramento profissional, são uma missão. Essa missão está alinhada com o propósito da FSFX: juntos transformamos vidas!