Após avaliação de dados e projetos, a Airports Council International (ACI) concedeu a renovação da acreditação de emissões de carbono no nível 2  

Mais uma vez, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, atendeu a todos os requisitos necessários para a renovação da acreditação de emissões de carbono, no nível 2, pelo programa do Airport Council International (ACI). Com isso, o terminal foi reconhecido pelo esforço de colocar em prática ações para reduzir as fontes de emissão de gases de efeito estufa, considerados os principais responsáveis pelo aquecimento global.   

O processo de renovação dessa certificação ocorreu durante todo o mês de agosto e consistiu em mostrar que o aeroporto cumpriu o requisito de redução gradativa de suas emissões de gás carbônico em 2019, em relação aos anos de 2018 e 2017. A renovação é anual, mas, em função da pandemia do coronavírus, o processo não ocorreu em 2020.  ​  

Este ano, a auditoria presencial seguiu suspensa. No entanto, ocorreu a verificação on-line dos seguintes dados: análise da política interna, projetos implantados, lançamento dos dados de emissões de 2019, realização da comissão de gerenciamento de carbono, divulgações de sustentabilidade e procedimentos de gestão de carbono.   

“Alcançar novamente essa conquista significa que estamos no caminho certo quando o assunto é sustentabilidade. Nosso objetivo é trabalhar ainda mais para a descarbonização gradativa a cada ano, renovando assim o nosso compromisso com o meio ambiente e a sociedade. Estamos atentos ao tema e envolvidos a favor de ações efetivas de redução da nossa pegada em todos os projetos executados no aeroporto”, ressalta Gustavo Anfra, gestor de Desenvolvimento Aeroportuário da BH Airport.  

Para obter a renovação da acreditação, o aeroporto desenvolveu alguns projetos que envolveram as áreas de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente, Manutenção, Terminal de Cargas e Administrativo-Financeiro da empresa. Iniciativas simples, mas com resultados relevantes.  

Uma das ações foi a substituição das luminárias de balizamento do pátio e pista por equipamentos com tecnologia led e reguladores modernos, o que proporcionou uma redução no consumo de energia elétrica de, pelo menos, 30% em relação ao sistema anterior. No terminal de passageiros 2, foram colocados em prática projetos sustentáveis para melhor uso dos recursos naturais e redução de consumo. Também houve a instalação do sistema de aquecimento de água, por meio de placas coletoras solares, no Edifício de Apoio (EDA), evitando o consumo de energia elétrica por chuveiros elétricos convencionais. Além disso, foi realizada a modernização da Central de Água Gelada (CAG). Essas novas tecnologias implantadas proporcionaram mais eficiência e confiabilidade, bem como redução de 30% no consumo de energia elétrica (30%).  

Anfra ressalta que a conquista da acreditação nível 2 demonstra o compromisso do aeroporto em seguir evoluindo no atendimento a passageiros e visitantes. “Mesmo em pandemia, demos mais um passo importante em prol da excelência dos processos e o próximo passo é preparar o aeroporto para receber a acreditação no nível 3, que trata do engajamento da comunidade aeroportuária nesse sentido”, revela. Ele acrescenta que todos os projetos desenvolvidos no aeroporto têm como foco a sustentabilidade, trazendo inovações e processos com soluções que contribuam para a prevenção do meio ambiente. 

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte está entre os 19 aeroportos certificados em nove países da América Latina e Caribe, acreditados com o nível 2 pela Airport Carbon Accreditation (ACI).    

O programa da ACI  

O programa Airport Carbon Accreditation do ACI é o único no mundo aprovado institucionalmente para aeroportos. As etapas da acreditação seguem o Protocolo GHG (Greenhouse Gases) e foram elaboradas para avaliar e reconhecer as iniciativas adotadas pelos aeroportos para contribuir com a preservação do meio ambiente.   

O ACI é o único representante comercial global dos aeroportos mundiais. Fundado em 1991, o organismo representa os interesses dos aeroportos junto a governos e organizações como a ICAO (sigla em inglês para Organização da Aviação Civil Internacional) e desenvolve normas, políticas e práticas recomendadas para os aeroportos, além de fornecer informações e oportunidades de treinamento para aumentar os padrões em todo o mundo.