Telemedicina e robô Laura são utilizadas pelos hospitais da Fundação São Francisco Xavier para promover a saúde com conforto e segurança
Inovação e tecnologia sempre foram essenciais para a humanidade, principalmente quando o assunto é saúde. Em tempos de pandemia, onde o mundo vive a maior crise sanitária da nossa época, esses recursos ganharam ainda mais relevância. “A Telemedicina, principalmente, a teleconsulta e o teleatendimento são realidades que vieram para ficar, para facilitar a vida das pessoas no dia a dia”, avalia o diretor de hospitais da Fundação São Francisco Xavier, Mauro Oscar Soares de Souza Lima.
A Telemedicina existe há um tempo, mas tem sido ainda mais essencial desde o início da pandemia do novo coronavírus no dia a dia das clínicas e hospitais. As unidades hospitalares da Fundação São Francisco Xavier utilizam desse recurso com sucesso. “A pandemia acelerou a instalação da telemedicina. Já havia sido feito uma tentativa em 2018 de se promover a telemedicina no Brasil e agora depois da pandemia, houve uma regulamentação temporária que nós acreditamos e torcemos para que ela se torne definitiva daqui em diante”, comenta Dr Mauro.
O diretor explica que a telemedicina é, na verdade, um ramo da telesaúde. É uma modalidade que abrange uma série de processos realizados a distância, como teleconsulta, teleassistência, telediagnóstico, entre outras.
A indicação de manter o isolamento social para frear o avanço do novo coronavírus deu contornos ainda mais urgentes à utilização da telemedicina para aproximar pacientes da assistência médica. “É que embora estejamos em uma pandemia, as outras doenças não deixam de existir. É necessário manter consultas e tratamentos em dia. Muitos pacientes também precisam de orientação sobre a Covid-19 de forma online para garantir o seu próprio bem-estar”, comenta Dr. Mauro.
O principal resultado da teleconsulta é o retorno positivo dos pacientes. O analista de sistemas Hilton Costa Cabral, de 34 anos, é um deles. “Achei tudo muito prático. Acordei num domingo com dor de ouvido, acionei a teleconsulta, fui atendido rapidamente. O sistema é muito intuitivo. O atendimento foi muito satisfatório para mim. Acredito que essa seja a medicina do futuro. Gostei muito”, disse.
Dentro do atual contexto da Covid, a Telemedicina da Fundação São Francisco Xavier, de março do ano passado até abril desse ano, realizou aproximadamente de 134 mil atendimentos por meio de suas unidades hospitalares da FSFX.
Para o diretor a telemedicina é uma ferramenta atualmente imprescindível. “A telemedicina é uma forma de facilitar, encurtar distâncias e otimizar o tempo dos pacientes. A Teleconsulta veio a somar, sendo um suporte para o enfrentamento dos principais desafios impostos pelo novo cenário do coronavírus”.
Robô Laura
Ferramentas que propiciem agilidade no atendimento e na detecção de diagnósticos de doenças, tornam-se ainda mais necessárias em momentos de crise como a que estamos presenciando. Implantado pela Fundação São Francisco Xavier, em 2017, o robô conhecido como “Laura” auxilia uma equipe multidisciplinar no diagnóstico de sepse. A síndrome surge como resposta do organismo a um quadro médico e é comumente conhecida por “infecção generalizada”, podendo causar falência de múltiplos órgãos.
Trata-se de um robô cognitivo no gerenciamento de risco assistencial. Por meio da leitura de exames e dados vitais, em tempo real e de forma sistêmica, o Laura avalia o estado de saúde do paciente, identificando os primeiros sintomas de sepse. Caso positivo, ele emite alarmes para a equipe multidisciplinar de forma rápida, precisa e segura. O objetivo é reduzir a morbidade e mortalidade pela síndrome em pacientes hospitalizados.