Segunda semana do festival conta três espetáculos – um deles a performance “Ah, se eu fosse Marilyn!” com Edu O (BA) – e o bate-papo ao vivo sobre ‘’Curadoria?’’. A programação é toda online pelo Youtube.

Circuito de Festivais BH – inciativa dos festivais BH In SOLOSCurta Dança e Rede Sola de Dança, que se uniram para promover um encontro virtual entre artistas da cena – entra na segunda semana de programação com apresentações de espetáculos, realizações de bate-papos (ao vivo) e residência artística voltada para estudantes e artistas com pesquisa em andamento.

O festival teve início no dia 18 de março e participam desta edição virtual 9 espetáculos inéditos de teatro, dança e performance dos estados de Minas, Rio, São Paulo, Ceará e Bahia. Em vez de ir de um teatro ao outro, o público acompanha a programação do Circuito, também de forma itinerante, só que pelos canais do Youtube dos três festivais realizadores.

A semana começa com a apresentação do espetáculo “RÉS” com Verônica Santos (SP) na próxima quinta-feira (25), às 19h, seguindo com a exibição de a ‘’PEÇA’’ com Marat Descartes (SP) no dia 26 e de “Ah, se eu fosse Marilyn!” com Edu O da Bahia no dia 27. As apresentações ocorrerão sempre às 19h. O dia 27 contará também com o bate-papo ‘’Curadoria?’’, com Carol Fescina (BH) e Felipe de Assis (BA), e mediação de Cris Diniz, noYouTube Curta Dança.

O solo “RÉS”, Verônica Santos (SP), tem como temática principal o universo do encarceramento feminino e a vulnerabilidade desses corpos no Brasil. Diante deste contexto, a montagem propõe uma análise artística e poética,  por meio de uma produção em dança sobre as estatísticas que envolvem o sistema de encarceramento em massa. 25 de fevereiro, quinta-feira – 19h | Classificação 16 anos | YouTube Curta Dança | Com libras.

A montagem “Peça” é escrita e encenada por Marat Descartes (SP) dentro de sua casa, e reflete a partir da linguagem documental sobre o contexto sociopolítico do Brasil e sobre as questões levantadas pela necessidade do isolamento social, como a suspensão do tempo, a crise de sentido e o desejo de um novo futuro. 26 de fevereiro, sexta-feira – 19h | Classificação 18 anos | YouTube BH in Solos | Com libras.

A performance “Ah, se eu fosse Marilyn!” com Edu O. (BA) é inspirada na peça Dias Felizes de Samuel Beckett. A partir da construção/desconstrução de imagens corporais cotidianas, reflete sobre a passagem do tempo. Isolado em seu quarto, o homem é consumido por seus objetos, roupas e livros. A forma cíclica, inconstante e impermanente como a vida vai se apresentando, nos propõe reflexões acerca da nossa trajetória, expectativas, conquistas e insucessos. Que rastros deixamos pelo caminho? Aonde chegamos? O que é dar certo? O que é o sucesso? Uma proposta artística que versa também sobre os padrões corporais e morais que se impõem às individualidades e particularidades de cada um. 27 de fevereiro, sábado – 19h | Classificação livre | YouTube Rede Sola de Dança | Com libras e audiodescrição.

Informações sobre a programação completa do Circuito: @circuitodefestivaisbh e https://www.facebook.com/circuitodefestivais.bh

SOBRE A PROGRAMAÇÃO

 Cada festival parceiro ficou responsável pela curadoria de três trabalhos. BH In Solos convidou o “Manifesto Transpofágico” de Renata Carvalho (SP) – manifesto trans que narra, com o corpo da artista, sua “transcestralidade”; a “Peça” de Marat Descartes (SP) que reflete sobre o contexto sociopolítico do Brasil e o isolamento social, em tempos de pandemia. E por último, “Um anjo passou por aqui”, novo trabalho solo do artista mineiro Lenine Martins (MG) sobre os encontros e desencontros do amor, numa narrativa construída pelo teatro físico, a manipulação de objetos e a musicalidade do corpo.

Já a Rede Sola assina a curadoria dos solos Ah, se eu fosse Marilyn” – que reflete sobre a passagem do tempo -, com o pesquisador de dança inclusiva Edu O (BA); Em “BiChobicHa”, Nadja Kai Kai (BH) trata de estereótipos e representações das pessoas LGBTQIA+, influenciadas pela estética do universo DragQueen. E por último, “EBÓ” de Morena Nascimento (SP), solo- homenagem ao capoeirista e dançarino negro Eusébio Lobo e sua importância para a cultura brasileira.

Por fim, a equipe do Curta Dança colabora para a programação com “RÉS” de Veronica Santos (SP), que fala do universo do encarceramento feminino e a vulnerabilidade desses corpos. Já “LOA” de Flaviane Lopes (BH) traz o corpo negro, sua permanência e travessia pelos séculos. Uma dança que desfragmenta corpos outrora usurpados e cria forças para seguir. Por fim, em Ex-tinto”, Rodrigo Antero (BH) reflete sobre seu corpo-memória e subjetividade negra: narrativas de invisibilidade e apagamento.

Todo sábado, durante o festival, o Circuito de Festivais BH propõe rodas de conversa transmitidas ao vivo para o público, pelo Youtube, com o objetivo de propor discussões sobre bastidores da cena, curadoria e sobre arte e tecnologia no contexto de pandemia. Estão previstos os seguintes bate-papos: “Produção e criação em pandemia” com Nadja Kai Kai (BH), Renata Carvalho (SP),  Silvia Moura (CE) e mediação de Priscila Patta (Rede Sola de Dança) e Robson Vieira (BH In Solos); “Dança e Tecnologia” com Kenia Dias e Thembi Rosa e mediação de Priscila Patta (Rede Sola de Dança); “Curadoria” com Carol Fescina (RJ) e Felipe Assis (BA) e mediação de Cris Diniz (Curta Dança); e Interseção entre cinema e teatro na quarentena” com Júlio Viana (MG) e Janaína Leite (SP) e mediação de Robson Vieira (BH In Solos).

Além dos solos e bate-papos, a programação conta ainda com uma residência artística que seleciona, por meio de convocatória online aberta, cinco artistas que estejam com pesquisas em andamento e possuam cinco anos de experiência comprovada de atuação na dança, teatro e performance. Durante e ao final da residência, os artistas irão compartilhar o processo de criação e o resultado com o público, pelas páginas do Youtube dos festivais.

Este projeto é contemplado na Lei Aldir Blanc (edital Nº16/2020), intitulado BH in SOLOS / 8ª edição, e mais um pouco: movendo-nos juntes, para não parar, com Curta Dança / 5ª edição e Rede Sola de Dança / ano 6

CIRCUITO DE FESTIVAIS BH – EM NÚMEROS 

> 9 espetáculos solo inéditos em BH

> 5 artistas selecionados para a residência artística

> 1 Mostra de resultado dos trabalhos desenvolvidos nas residências

> 4 bate-papos

> 28 artistas e profissionais da cultura envolvidos

SERVIÇO

CIRCUITO DE FESTIVAIS BH – edição virtual

Um encontro entre artistas da cena

= 18 de fevereiro a 7 de março de 2021=

Para o público em geral, nos canais do Youtube dos festivais realizadores do circuito

BH In SOLOS – https://www.youtube.com/channel/UCZvErbVvPeVbS4ceRzt92zg

CURTA DANÇA –  https://www.youtube.com/channel/UCAW8NwtV4qSwiuyYJa2I1qQ

REDE SOLA DE DANÇA – https://www.youtube.com/channel/UCP8IHKp9J4VsgrrihxJTm8w

Mais informações sobre a programação:

Instagram: @circuitodefestivaisbh

Facebook https://www.facebook.com/circuitodefestivais.bh