Imunizante é uma das mais importantes alternativas no combate a enfermidades graves como meningite, pneumonia e septicemia
Disponível no Programa Nacional de Imunizações desde o final de 2019, a vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC-13) teve sua recomendação ampliada em caráter temporário até o dia 31 de julho. Além dos quatro grupos prioritários para o uso dessa vacina, como os pacientes com HIV, oncológicos e pacientes transplantados de medula e de órgãos sólidos, o imunizante passa a ser liberado também para cardiopatas crônicos, pneumopatas crônicos, asplênicos, pacientes com implante de cóclea e pacientes imunodeprimidos por condição clínica ou por uso de medicamentos.
A medida amplia o acesso à vacina que atua na prevenção dos 13 tipos mais comuns da bactéria pneumococo. Trata-se da única vacina pneumocócica conjugada, licenciada para uso em todas as idades e com dados robustos quanto à capacidade de proteção e eficácia. Os pacientes elegíveis, acima de 5 anos de idade, podem ter acesso à vacina Pneumocócica 13-valente por meio dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), presentes em todos os estados brasileiros.
“Trata-se de uma medida efetiva de prevenção junto a um público que tem mais riscos para desenvolver quadros graves de doença pneumocócica. Muitos pacientes, e até mesmo profissionais de saúde, desconhecem o calendário vacinal totalmente gratuito disponibilizado pelo CRIE. Reverter este cenário é importante já que o país tem o serviço em benefício da população”, destaca a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.
“Diante do momento delicado em que se encontram os sistemas de saúde de todo mundo, a prevenção de outras doenças respiratórias por meio da vacinação pode permitir uma otimização do recurso em saúde, como recentemente salientou a própria Organização Mundial de Saúde”, complementa Márjori.  

Doenças pneumocócicas

Apesar do atual cenário de envelhecimento populacional e da predominância de doenças crônicas degenerativas como causa de morte, as doenças pneumocócicas invasivas (DPI) ainda constituem uma das principais causas de mortalidade na América Latina, especialmente entre crianças, idosos e outras populações de risco para DPI. O Streptococcus pneumoniae, conhecido como pneumococo, é uma bactéria gram-positiva encapsulada, frequentemente encontrada na nasofaringe de indivíduos saudáveis. Possui mais de 90 sorotipos imunologicamente distintos.
A doença pneumocócica pode ser classificada como invasiva ou não invasiva, sendo a primeira caracterizada pelos quadros de sepse, bacteremia, meningite e parte das pneumonias, enquanto a segunda corresponde a maior parte dos quadros de pneumonia, além de otites e sinusite.  Embora o risco de doença pneumocócica aumente com a idade mesmo em indivíduos saudáveis, ele é substancialmente maior em pessoas de todas as faixas etárias com certas condições clínica crônicas, como indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), diabetes, doença cardíaca crônica, doença hepática crônica e asma, oncológicos, PHHIVA/Aids.
Entre os adultos de alto risco, a incidência de doença pneumocócica invasiva pode ser 50 vezes maior quando comparado a um indivíduo saudável. Já a incidência de pneumonias comunitárias pode ser 19 vezes superior em comparação a adultos saudáveis.A transmissão do Streptococcus pneumoniae acontece por meio do contato entre pessoas que contraíram a doença ou que estão colonizadas pela bactéria, mas não apresentam sintomas. A gravidade, a alta incidência e os impactos em todas os grupos etários fazem com que a vacinação seja uma estratégia importante na prevenção da doença pneumocócica, já que a vacina não protege apenas a saúde do imunizado, como também evita que ele transmita a doença para todos a seu redor.