Dentre mais de 8 mil educadores de todo o mundo que participaram do concurso, eles foram selecionados entre os 20 melhores projetos de física da América Latina e os 100 melhores internacionalmente

Dois professores de Física do Colégio Santo Agostinho, unidade Contagem (MG), foram selecionados para participar do Education Exchange 2019, evento global organizado anualmente pela Microsoft, que reúne educadores com experiência na integração da tecnologia em sala de aula. O inovador sistema educacional desenvolvido pelos professores Patrick Bonnereau e Ivan Pontelo foi reconhecido como um dos 100 melhores projetos de física do mundo e selecionado entre os 20 melhores da América Latina para integrar o congresso internacional, que vai acontecer entre 2 e 4 de abril, em Paris, na França.

No Brasil, além dos professores do Colégio Santo Agostinho, apenas outros dois educadores de São Paulo foram selecionados para participar do Education Exchange 2019. O evento reúne professores e especialistas em educação de mais de 90 países e promove o intercâmbio de ideias sobre educação personalizada e a forma como o digital enriquece as práticas pedagógicas. “É um momento único para compartilharmos nossos projetos, comparar as práticas, inspirar projetos e refletir juntos sobre o futuro do ensino e da aprendizagem. Estamos ansiosos para aprender ainda mais com nossos colegas”, afirma Ivan Pontelo. Os professores participavam do programa Microsoft Innovative Educator (MIE) e foram selecionados dentre os mais de 8 mil educadores de diversos países, após concursos locais que identificaram os melhores projetos educacionais.

Patrick e Ivan desenvolveram, ao longo de dois anos, uma plataforma de planejamento e avaliação para o ensino de Física na unidade Contagem do Colégio Santo Agostinho. Agora, a proposta é que o sistema seja incorporado também às demais disciplinas. “Aplicamos um conceito inovador em sala de aula e estamos colhemos o reconhecimento do nosso esforço e dedicação em melhorar a aprendizagem de nossos alunos e tornar as aulas mais conectadas com as necessidades da sociedade”, comemora Patrick Bonnereau. 

O sistema, criado em constante diálogo com os alunos, permite a avaliação individualizada, de acordo com os interesses pessoais de cada estudante. “Aqueles que gostam de música, por exemplo, podem integrar a composição artística ao estudo da física, e ser avaliado por esse trabalho, sem que os outros estudantes sejam obrigados a também realizar a mesma atividade”, explica Ivan Pontelo. A ferramenta possibilita que as avaliações sejam entregues on-line e até mesmo que os alunos tenham agendas compartilhadas para a organização das atividades e trabalhos em grupo.

O desempenho dos alunos é calculado por meio de uma média aritmética. “O processo de aprendizagem ocorre de forma diferenciada para cada pessoa. Cada aluno tem suas particularidades e o nosso sistema garante que isso seja considerado nas avaliações”, pontua Patrick. O projeto, segundo os professores, não se trata apenas de uma questão tecnológica, mas de como aplicar a tecnologia de forma mais significativa no processo educacional. Eles apontam expressivos resultados na formação dos alunos, que, sendo reconhecidos por sua demonstração espontânea de interesse, se mostraram mais motivados e participativos nas aulas. 

Por meio de vários projetos educacionais, a Microsoft está cada dia mais interessada em entrar nas salas de aula. A companhia tem investido em soluções especiais para a educação e também em facilitar o acesso de professores para inclusão digital com foco educacional.