No dia 22 de novembro, Adriana Calcanhotto retorna novamente ao palco do Palácio das Artes, onde estreou a turnê “A Mulher do Pau Brasil”, para única apresentação. Ingressos à venda a partir de quinta-feira (30/08), nas bilheterias do Palácio das Artes e ingressorapido.com.br

Um show moderno e já instantaneamente antológico. A definição do crítico musical Mauro Ferreira traduz de modo certeiro o inquieto e reflexivo show “A Mulher do Pau Brasil”, que em sua estreia nacional no Palácio das Artes no inicio de agosto, com ingressos esgotados dias antes, impactou o público.

O show foi idealizado como ‘concerto-tese’, ou seja, uma conclusão da residência artística de Adriana Calcanhoto na Universidade de Coimbra, onde foi nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa, no final de 2015. Assim como a turnê europeia, as apresentações em terras brasileiras vêm arrebatando um imenso e antenado público que se identifica com a verve modernista/tropicalista de Adriana Calcanhotto.

Centrado em dois distintos e nada explícitos eixos: Reflexão (dores pessoais) e Inquietação (dores coletivas), Adriana Calcanhotto  alinhava em um roteiro nada previsível canções autorais:A mulher do Pau Brasil,Vambora, Esquadros, Inverno  (parceria com Antonio Cícero), Eu vivo a sorrir  e Vamos comer Caetano, e  releituras/apropriações: O cu do mundo (Caetano Veloso), As Caravanas (Chico Buarque), Geleia Geral (Gilberto Gil), Nenhum futuro (João Bosco e Francisco Bosco) , Eu sou terrível (Roberto e Erasmo Carlos), Mortal loucura (José Miguel Wisnik – a partir de versos do poeta Gregório de Matos)  e Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares).

Na companhia dos músicos Bem Gil e Bruno Di Lullo, que se alternam na  guitarra, baixo, MPC, piano, baixo e percussão, e sob a cor predominantemente vermelha em todo o espetáculo – cenário (criado pela própria artista), figurino (Francisco Costa) e iluminação (Ivan Marques) -, Adriana Calcanhoto uma vez mais mergulha em um projeto que passa ao largo da previsibilidade, firmando-se como a mais  tropicalista cantora/compositora, pós Tropicália.