Capital mineira é a 8º do ranking nacional liderado por Recife. São Paulo e Rio de Janeiro fecham o TOP 5

 

Trânsito parado, buzinaço e nó em cruzamentos são realidades comuns no cotidiano de quem dirige por Belo Horizonte nos horários de pico. A capital mineira é uma das dez capitais com pior trânsito no Brasil, segundo o Índice 99 de Tempo de Viagem (ITV 99). O estudo realizado pela 99 – empresa brasileira de mobilidade urbana, fundada em 2012 – no período entre 1º de outubro e 31 de dezembro de 2017, é um dos termômetros de congestionamento do país em horários de pico – entre os períodos de 7h e 10h e das 17h às 20h.

 

O levantamento aponta pela segunda vez consecutiva a cidade de Recife, em Pernambuco, como o pior trânsito no Brasil. As viagens nessa cidade nos horários de pico levam, em média, 77% a mais tempo do que aquelas em situação de tráfego livre. Porto Alegre e Salvador aparecem, respectivamente, na segunda e terceira colocação, seguidas por duas das maiores metrópoles do país: São Paulo (4º) e Rio de Janeiro (5º).

 

Belo Horizonte aparece na oitava posição com uma média de 50% a mais de lentidão nos horários de tráfego intenso. Na primeira edição do estudo, realizada entre junho e agosto do ano passado, a cidade figurava na 7ª posição, com 70% a mais de demora durante os períodos de pico. Entre os corredores com pior trânsito estão o entorno da Av. Nossa Senhora do Carmo, o Centro da cidade, a Av. Antonio Carlos, a Av. Cristiano Machado e a Via Expressa, em que as pessoas gastam entre 46% e 54% a mais de tempo para chegar a seus destinos. Ao sul, a região dos condomínios residenciais também apresenta índices ruins, em torno de 60% de lentidão nas viagens em relação aos outros horários.

 

O ITV 99 é desenvolvido periodicamente com base nas milhares de corridas de táxis e 99Pop (modalidade de carros particulares), realizadas nas dez maiores capitais brasileiras, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2010. “A pesquisa tem intenção de colaborar com a mobilidade urbana, fornecendo inteligência de dados, que identifica padrões de deslocamento das pessoas. A partir daí, as entidades públicas podem tomar decisões estratégicas para evitar gargalos na circulação de veículos nas grandes cidades”, afirma Ana Guerrini, diretora de Pesquisa e Políticas Públicas da 99.

 

Segundo a especialista, todas as cidades, com exceção de Salvador, mantiveram o índice de trânsito ou tiveram queda nesse período. “Salvador foi a capital com pior desempenho no comparativo do ranking, pulando da 9ª para a 3ª posição”, destaca Guerrini.