Envelhecimento da população e aumento da prevalência de doenças crônicas sinalizam a importância da técnica em prol saúde
Enquanto o Ministério da Saúde avalia implantar os Cuidados Paliativos no Sistema Único de Saúde (SUS), será realizado, entre os dias 21 a 24 de novembro de 2018, o VII Congresso Internacional de Cuidados Paliativos com o tema: “Consolidando Conquistas/ Rompendo Barreiras”. O congresso da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), será no Expominas, em Belo Horizonte (MG) e terá entre seus palestrantes nomes conhecidos do cenário paliativista brasileiro e internacional. “Após muito trabalho, conseguimos trazer ao congresso alguns dos mais influentes especialistas em cuidados paliativos no mundo para que possam compartilhar sua expertise”, diz Daniel Forte, presidente da ANCP que irá apresentar no evento um levantamento sobre os serviços de cuidados paliativos disponíveis no país.
Reconhecido como uma forma inovadora de assistência à saúde, os Cuidados Paliativos (CPS) vem ganhando espaço no Brasil, especialmente na última década. Diferencia-se fundamentalmente da medicina curativa por focar no cuidado integral, através da prevenção e do controle de sintomas, para todos os pacientes que enfrentem doenças graves, ameaçadoras da vida – conceito que também se aplica a familiares, cuidadores e equipe de saúde e seu entorno, que adoece e sofre junto.
É importante salientar que com o envelhecimento da população há também um aumento da prevalência de doenças crônicas, o que reitera a necessidade de acolhimento dos pacientes pela especialidade que é praticada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros. Nesse sentido, o Ministério da Saúde aprovou, em 31 de outubro, resolução que pontua a necessidade da adoção dos CPs no SUS. A ideia central é adotar na rede pública o conjunto de ações que visam proporcionar alívio do sofrimento relacionado com as doenças, sobretudo, as crônicas, degenerativas e sem cura. Nesse sentido, o cuidado paliativo, por ser parte fundamental da prática clínica, pode ocorrer de forma paralela às terapias destinadas à cura e ao prolongamento da vida. O texto elaborado em oficina temática passará por revisão técnica antes da publicação.
Entre os palestrantes internacionais já confirmados estão Vicki Jackson, médica, coordenadora da divisão de Cuidados Paliativos do Massachusetts General Hospital – Harvard Medical School – EUA; Fernando Kawai, médico, diretor do programa de fellowship em Hospice e Cuidados Paliativos do New York Presbyterian Queens, Weil Medical College of Cornell University – EUA; Patrícia Coelho, enfermeira, professora da Escola de Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa – Porto e membro da Academia Portuguesa de Cuidados Paliativos – Portugal; Rut Kiman, médica, chefe da equipe de Cuidados Paliativos Pediátricos do Hospital Nacional Prof. A Posadas – Argentina; e Elena D Urbano – assistente social, chefe do Departamento de Serviço Social do Hospital Dr Carlos Bonorino – Udaondo – Argentina.
Sobre a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP)
Fundada em fevereiro de 2005, Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) tem o objetivo de empenhar-se pelo reconhecimento da especialidade na área médica e viabilização do acesso ao serviço no Brasil, que de acordo com relatório divulgado pela OMS, não possui iniciativas suficientes. Conta atualmente com mais de 1000 associados e estima que existam mais de 160 instituições com equipes de cuidados paliativos no País, incluindo desde de serviços em atenção primária até as principais instituições públicas e privadas. E considerando o total de hospitais existente no Brasil, nota-se que a demanda por atendimento de cuidado paliativo é muito superior à oferta disponível atualmente.
SERVIÇO
VII Congresso Internacional de Cuidados Paliativos
Datas: 21 e 24 de novembro de 2018
Local: Expominas – Av. Amazonas, 6200, Gameleira. Belo Horizonte (MG)
Informações e inscrições pelo:http://congressoancp2018.com.br