No domingo, 16 de setembro, a Casa Fiat de Cultura convida os visitantes a uma viagem musical que começa na Europa e chega à Minas Gerais dos séculos 17 e 18. O público será recebido pelo grupo Capela Minas Barroca, regido por Guilherme Matozinhos da Silva, que apresentará as diversas linguagens da música barroca. Esta é a primeira vez que o grupo participa do programa Música na Capela e é formado pelos músicos Rafael Marcenes (violino) e João Antônio Freitas Ribeiro (violino), Domingos Sávio Lins (flauta), Nathali Araújo (espineta), Henrique Dener Costa (percussão), Priscila Neves (soprano), Heitor Araújo (contratenor) e Robson de Aguiar (baixo). A apresentação será na Capela de Santana, localizada nos jardins da Casa Fiat de Cultura, às 11h. O concerto tem uma hora de duração e a entrada é gratuita, com espaço sujeito à lotação (80 lugares).
Criada na Europa no século 17 e difundida pelo mundo, especialmente nos países que eram colonizados por europeus naquela época, a música barroca foi reinventada por onde passava e ganhou diversos estilos até o século 18. Com a proposta de mostrar toda essa riqueza, a Capela Minas Barroca traz importantes referências do barroco ao Música na Capela. O repertório é formado quase inteiramente por composições italianas. Ainda no programa, obras provenientes da Alemanha, da França e da América Latina, com destaque para o barroco mineiro.
O concerto começa com duas composições instrumentais e de autoria desconhecida: a italiana “Divisions upon an Italian Ground” e “Pastoreta Ychepe Flauta”, composta na América Latina dentro das missões jesuítas. A apresentação segue com músicas do primeiro período barroco. Serão interpretadas duas obras do italiano Claudio Monteverdi – um dos compositores que marcou o início do gênero –, a canção “Oh Roseta Che Roseta” e o dueto “Pur ti Miro”, da ópera “L’incoronazione di Pompei”, e uma de Francesco Cavalli, “Menfi, mia Patria”, ária da ópera “La Statira”, aluno de Monteverdi. De Jean-Baptiste Lully, italiano radicado na França que se tornou o principal compositor da corte do rei Luís XIV, será interpretada “La Chaconne des Magiciens”, trecho do ballet (ópera francesa) “La Pastorale Comique”.
Obras do segundo período barroco integram o programa. Do grande compositor italiano Vivaldi, será interpretado um trecho da peça sacra “Sileant Zephyri”. Em seguida, uma ária da ópera “Giulio Cesare”, “Dal Fulgor di Questa Spada”, criada pelo alemão Händel. De volta aos italianos, a Capela Minas Barroca tocará a peça sacra “Deus in Adjuntorium”, de Domenico Zipoli, que viajou pela América Latina como professor de música a convite dos missionários jesuítas; além de dois trechos da ópera cômica “La Serva Padrona”, uma importante composição do período, “Stizzoso” e “Per te io ho nel core”. Uma obra do barroco mineiro, também conhecido como barroco tardio, finaliza o concerto: “Difusa”, trecho da peça sacra “Tercio”, composta pelo principal representante do estilo, Lobo de Mesquita.
Desde 2015, o Música na Capela busca ampliar a formação musical do público, ao oferecer apresentações de experientes corais e grupos de câmara, com repertório diversificado e acesso gratuito. O programa é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e da Casa Fiat de Cultura, com patrocínio de Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Banco Fidis, Fiat Chrysler Finanças, Fiat Chrysler Participações e Banco Safra, e com apoio de Circuito Liberdade, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Governo de Minas e Governo Federal.