Pelo terceiro ano consecutivo, o indicador encerra o ano em queda, refletindo as quedas verificadas na indústria e no setor de serviços
O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais encerrou 2016 com retração de 2,6%, segundo números divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP) nesta quinta-feira. É o terceiro ano consecutivo que o indicador apresenta retração. Com isso, o indicador recuou a patamar inferior ao verificado em 2010.
A indústria apresentou recuo de 6% no período. O resultado reflete a queda verificada em três dos quatro subsetores considerados no cálculo do indicador: extrativa mineral (-11,2%), construção civil (-8,9%) e transformação (-5,5%). O único subsetor com resultado positivo foi o de saneamento e energia (7,7%). Apesar disso, a retração é menor que a verificada em 2015 (-7,8%).
De acordo com a FJP, na indústria de transformação a variação negativa está ligada a fatores como queda na fabricação de fumo, fraco desempenho da indústria metalúrgica e, principalmente, redução na produção de bens de capital e duráveis, como veículos automotores e máquinas e equipamentos. Na construção civil, a explicação está no excesso de oferta de unidades em um momento de restrição de crédito comprometendo a capacidade de endividamento dos comprados.
O agronegócio mais uma vez segurou a economia no ano passado, mas, sozinho, não foi capaz de impedir a retração do Produto Interno Bruto. O setor teve alta de 6,6% no ano passado. O bom desempenho da agropecuária pode ser atribuído aos bons resultados do café e da soja.
Apesar de gerar menos riquezas, a situação da economia mineira está menos pior em relação a 2015, quando a queda no PIB foi de 4,3%. Na comparação com a média nacional, Minas também caiu menos do que o PIB brasileiro, que teve recuo de 3,6%. Novamente, o setor agropecuário está por trás do resultado, pois, enquanto em Minas a atividade cresceu 6,6%, na média do Brasil teve redução de 6,6%. Já no ramo industrial, Minas foi mais afetada pela elevada participação do setor da extração mineral na economia do Estado.
Fonte Portal O Tempo
PEDRO ROCHA FRANCO E QUEILA ARIADNE