Especialista da Hapvida reforça que a atitude evita infecções graves, surtos hospitalares e até mortes

Lavar as mãos: um gesto simples que continua salvando vidas. Carlos Starling, infectologista da Hapvida, alerta que a prática é fundamental para interromper a cadeia de transmissão de vírus, bactérias, fungos e parasitas. Dentro dos ambientes hospitalares, a higienização correta das mãos é considerada um dos pilares da segurança do paciente.  

“A simples fricção com álcool em gel ou a lavagem com água e sabão, realizada antes e depois do contato com pacientes ou superfícies hospitalares, é capaz desencadear benefícios de diversas ordens. “Mãos sujas podem carregar microrganismos resistentes a todos os antibióticos disponíveis. A responsabilidade é enorme”, afirma Starling. 

Na comunidade, os riscos também são altos. Vírus como influenza (gripe), SARS-CoV-2 (covid-19), hepatite A e rotavírus, além de verminoses e infecções intestinais, continuam sendo transmitidos por mãos contaminadas. Crianças, idosos e cuidadores estão entre os grupos que precisam de atenção redobrada. 

“É essencial higienizar as mãos antes das refeições, após usar o banheiro, ao chegar da rua, ao manusear dinheiro ou cumprimentar pessoas. São atitudes simples que previnem doenças potencialmente graves”, orienta Starling. 

Sabão ou álcool em gel?

Ambos são eficazes, afirma o especialista. “O álcool em gel 70% substitui a lavagem quando as mãos não estão visivelmente sujas. Se estiverem com sujeira aparente, a lavagem com água e sabão é indispensável”, explica. O tempo ideal para uma higienização completa é de 20 segundos, com atenção especial às palmas, dorso, entre os dedos e debaixo das unhas. 

O cuidado deve ser ainda maior entre profissionais de saúde e de manipulação de alimentos. Aneis, pulseiras, unhas postiças e esmaltes escuros devem ser evitados, pois acumulam microrganismos e dificultam a limpeza adequada.  

Para além da prevenção, a higienização das mãos carrega também um valor simbólico. “Na psicanálise, a mão representa visão, e a água, vida. Juntas, simbolizam a consciência. Higienizar as mãos é um ato de consciência com a própria vida e com a vida do outro”, conclui o infectologista.