Pesquisa, divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), aponta aumento nas vendas de imóveis em Belo Horizonte e Nova Lima. Em abril, foram comercializadas 245 unidades, o que representou um aumento de 38,42% em relação ao mês de março, quando foram vendidas 177 unidades. Os dados mostram que abril foi o segundo maior patamar do ano, atrás somente do mês de janeiro, com 308 unidades vendidas.
Os lançamentos permanecem em patamar muito baixo. Em abril, apenas 65 unidades residenciais foram lançadas. Em março, foram 16. Com isso, abril foi o sétimo mês consecutivo em que as vendas superaram os lançamentos. No período de outubro de 2016 a abril de 2017, foram vendidas 1.426 unidades, enquanto os lançamentos totalizaram 399 unidades.
A oferta final (estoque) atingiu em abril o menor patamar da série histórica (3.934 unidades). Destaca-se que, somente no mês de abril, a oferta sofreu redução de 4,2%. Em relação ao mesmo período de 2016, quando a oferta final foi de 5.146 unidades, observa-se redução expressiva: -23,55%. A pesquisa mostra também que, em abril, a oferta final (estoque) correspondeu a 17,71% da oferta lançada. Esse foi o menor número da série, iniciada em janeiro de 2016.
Particularmente em abril de 2017, os preços dos apartamentos ficaram relativamente estáveis, com queda de 0,18%. Entretanto, no primeiro quadrimestre do ano, observa-se que os preços dos imóveis residenciais apresentaram alta de 2,24% enquanto, no mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), indicador da meta inflacionária do país, registrou incremento de 1,10%. Isso representa um aumento real do preço de apartamentos em 1,13 ponto percentual. “O momento continua excelente para comprar imóvel, pois, com a queda acentuada do estoque, a tendência pode ser de continuidade de aumento real dos preços”, afirma o vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, José Francisco Couto de Araújo Cançado.
Segundo ele, o resultado da pesquisa demonstra que “o momento, para o empresário da construção civil, é de voltar a pensar em investimento; para o consumidor final, a hora é de comprar um imóvel para aproveitar o estoque que ainda existe, já que a nova mercadoria chegará com preço superior”. “Entramos numa zona em que o estoque restante de imóveis é insuficiente para atender o mercado e, de agora em diante, teremos aumentos de preços maiores”, analisa Cançado, destacando que está na hora de o mercado começar a identificar onde há os nichos para lançamentos.