Com regência do maestro Fabio Mechetti, Orquestra interpreta também a Segunda Sinfonia de Rachmaninov

A temporada 2023 da Filarmônica de Minas Gerais se encerra com a visita ilustre do maior violoncelista brasileiro, Antonio Meneses, introduzindo obra inédita encomendada pela Orquestra a um dos maiores compositores brasileiros da atualidade, André Mehmari. A obra Concerto para violoncelo e orquestra, de Mehmari, terá estreia mundial em Belo Horizonte (MG), nos dias 14 e 15 de dezembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais. 

Encerramos também a comemoração do aniversário de 150 anos de Rachmaninov com a sua majestosa e extremamente romântica Segunda Sinfonia. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. No dia 14, quinta-feira, o concerto será transmitido ao vivo, pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela Rádio MEC FM 81,7 (BH).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos    projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense e na Argentina a Filarmônica do Teatro Colón.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Em 2023, estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico e voltou a se apresentar com a Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia, em Bogotá.

Antonio Meneses, violoncelo

Antonio Meneses nasceu em 1957 em Recife, no seio de uma família de músicos. Começou a estudar violoncelo aos dez anos. Aos dezesseis, passou a estudar com o violoncelista Antonio Janigro em Düsseldorf e, mais tarde, em Stuttgart. Em 1977, ganhou o ARD Concurso Internacional de Munique e, em 1982, o 1º Prêmio e Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky, em Moscou. Apresenta-se regularmente com as mais importantes orquestras do mundo, como as filarmônicas de Berlim, Moscou, São Petersburgo, Israel, Nova York, as sinfônicas de Londres, da BBC, de Viena, as orquestras do Concertgebouw, da Rádio da Baviera, National Symphony Orchestra e a Sinfônica NHK de Tóquio. O artista colaborou com os maestros Herbert von Karajan, Riccardo Muti, Mariss Jansons, Claudio Abbado, André Previn, Andrew Davis, Neeme Järvi, Mstislav Rostropovich e Riccardo Chailly. Dentre as suas diversas gravações, estão dois álbuns com Karajan e a Filarmônica de Berlim pela Deutsche Grammophon – Don Quixote de R. Strauss e o Concerto Duplo de Brahms, com a violinista Anne-Sophie Mutter. Meneses colabora com a Filarmônica e com o maestro Fabio Mechetti desde os primeiros anos da Orquestra. Com André Mehmari, lançou o álbum AM60AM40. Desde 2007, é professor titular de violoncelo na Universidade das Artes de Berna, na Suíça.

Repertório

André Mehmari (Niterói, Brasil, 1977) e a obra Concerto para violoncelo e orquestra (2023)

Compositor prolífico e arranjador muito requisitado, André Mehmari se consolidou como um dos músicos mais importantes de sua geração, reconhecido pela capacidade de transitar com competência entre os universos do erudito e do popular. Tem colaborado com as principais orquestras e instrumentistas do país, escrevendo encomendas originais e também se apresentando à frente do piano. Dentre essas muitas colaborações, destaca-se a parceria construída com o violoncelista Antonio Meneses, a quem o Concerto para violoncelo e orquestra é dedicado. A peça é, em certa medida, uma continuidade de sua Suíte Brasileira, escrita em 2017 também para o amigo e companheiro de duo. Em ambas, gêneros brasileiros como o choro, o baião e o frevo são convocados para demonstrar de maneira afetuosa a beleza de nossa música. No Concerto, esses gêneros aparecem de forma mais abstrata, no intuito de permitir que o colorido do violoncelo conduza os ouvintes com gentileza, acompanhado de uma orquestração rica e variada. Além disso, a coincidência das iniciais dos nomes do compositor e do seu dedicatário (AM) inspira temas e motivos que se transformam ao longo dos três movimentos da obra. Primeira peça concertante de Mehmari para violoncelo e orquestra, o Concerto foi comissionado pela Filarmônica de Minas Gerais e tem estreia prevista para 2023, na Sala Minas Gerais, com o próprio Meneses como solista.

Sergei Rachmaninov (Oneg, Rússia, 1873 – Beverly Hills, Estados Unidos, 1943) e a obra Sinfonia nº 2 em mi menor, op. 27 (1906/1907)

Em 1905, Rachmaninov estava preocupado com os rumos da Rússia após a revolução e também com o intenso trabalho de regente no Teatro Bolshoi, onde havia começado a atuar no ano anterior. De fato, ele era um maestro como poucos, mas, antes de tudo, se via menos como um intérprete e muito mais como um compositor. Resolve então, em junho de 1906, abandonar suas funções no Bolshoi e alugar uma casa de campo em Dresden. É lá, onde ele e sua família encontravam-se praticamente ilhados do resto do mundo, que Rachmaninov conseguiu dedicar-se integralmente à sua Segunda Sinfonia. A composição só foi finalizada em abril de 1907, quando passava o verão no interior russo, recebendo, em janeiro de 1908, sua primeira e muito celebrada performance em São Petersburgo. Os motivos para comemorar não são poucos, afinal, Rachmaninov criou uma obra inspirada e inspiradora, cheia de energia e de melodias extremamente belas.

Serviço:

Série Presto

14 de dezembro – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Veloce

15 de dezembro – 20h30

Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente

Antonio Meneses, violoncelo

A. MEHMARI       Concerto para violoncelo e orquestra (Encomenda)

RACHMANINOV   Sinfonia nº 2 em mi menor, op. 27

INGRESSOS:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo