As mudas de ipê amarelo, orquídeas e bromélias, entre outras plantas, serão reintroduzidas na natureza até o final do ano

Iniciado em maio do ano passado, o Programa de Resgate da Flora e Salvamento de Germoplasma do Projeto CSul Lagoa dos Ingleses irá produzir, até o final de 2023, mais de três mil espécies vegetais ameaçadas de extinção ou endêmicas da região onde está localizado o empreendimento. Entre as principais espécies resgatadas estão ipê amarelo, cactos, bromélias e orquídeas, que recebem cuidados em um viveiro construído para armazenamento, cultivo e manutenção dos exemplares coletados.

A expectativa é que, até novembro deste ano, todas as mudas sejam utilizadas em projetos de reflorestamento ou arborização viária. Para reduzir a taxa de mortalidade, as mudas produzidas por sementes precisam atingir a altura mínima de 60 cm para serem plantadas em área destinada ao reflorestamento ou enriquecimento florístico.

O objetivo do viveiro é ampliar gradualmente a produção de mudas, chegado a quatro mil exemplares por ano. A utilização de sementes coletadas no local de implantação do empreendimento garante que as espécies produzidas no viveiro sejam mais adaptadas ao clima da região.

Toda a projeção de ocupação do Projeto CSul foi executada nas áreas predominantemente alteradas pela ação humana, preservando os locais com maior incidência de vegetação nativa.

Esse conceito de sustentabilidade adotado pelo projeto visa recuperar a vegetação nativa em um território predominantemente dominado pela monocultura de eucalipto, beneficiando a fauna e flora da região.

O programa Resgate de Flora da CSul mostra a importância não apenas de promover a preservação ambiental, mas também em despertar a consciência coletiva sobre a sustentabilidade. Além disso, projetos dessa natureza podem melhorar a qualidade de vida dos moradores, contribuindo para uma vida mais saudável e para o bem-estar da comunidade.