Consideradas doenças crônicas silenciosas, o diabetes mellitus e a hipertensão arterial podem apresentar múltiplas complicações e levar à morte, porém são doenças que podem ser prevenidas e controladas

O diabetes mellitus e a hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, estão entre as doenças crônicas que mais acometem a população mundial e preocupam a sociedade médico-científica. Consideradas silenciosas, já que são diagnosticadas, em sua maioria, na fase mais aguda, essas enfermidades têm aumentado ao longo do tempo, principalmente devido a fatores comportamentais da vida moderna, como dieta rica em carboidratos e alimentos processados, falta de atividade física (sedentarismo), obesidade e consumo de álcool. 

No Brasil mais de 15,7 milhões de pessoas são diagnosticadas com diabetes, colocando o país em 6º lugar no ranking de incidência, de acordo com dados do Atlas do Diabetes 2022, divulgados pela Federação Internacional do Diabetes. No mundo são mais de 537 milhões de diabéticos. Já a hipertensão arterial é a doença de maior prevalência na população do Brasil e a principal causa de morte. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, essa condição mata 300 mil brasileiros anualmente.

De acordo com Milyan Mara Moreira Gomes, médica de Atenção Primária e especialista em geriatria e endocrinologia da Usisaúde, operadora de planos de saúde da Fundação São Francisco Xavier, essas são doenças com fatores de risco em comum e prevenção semelhantes. “Tanto o diabetes como a hipertensão têm origem multifatorial, envolvem desde fatores genéticos até comportamentais. O grande desafio está na conscientização em adotar um estilo de vida saudável. Por isso, é imprescindível educação e conscientização, porque são enfermidades que podem ser prevenidas, tratadas e controladas”, comenta.  

Cuidados preventivos

O diabetes é uma doença metabólica, no qual o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz. O Diabetes tipo 1 faz com que o sistema imunológico ataque equivocadamente as células beta e, como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Já o Tipo 2, que atinge 90% das pessoas, aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.

E a hipertensão arterial é uma doença que ataca os vasos sanguíneos do coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Essa doença não apresenta sintomas em muitos casos, mas, quando a pressão arterial sobe muito, o paciente pode sentir dores no peito e na cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, visão turva e sangramento nasal.

A podóloga Soraya Ricardo Torres Lopes, de 57 anos, era tabagista, sedentária e não adepta de dietas saudáveis. Há 15 anos, ela descobriu que tinha diabetes depois de apresentar fraqueza no corpo, tonturas, visão embaçada e dor de cabeça. Soraya também tinha fatores genéticos que contribuíram para o aparecimento da doença, já que seu pai faleceu de complicações do diabetes e sua mãe tem a doença associada à hipertensão.

“Confesso que nunca gostei de praticar exercícios e comia muitos alimentos processados e embutidos. Quando passei muito mal, fiz exames solicitados pelo médico e descobri que estava com glicose acima de 450. Desde então, iniciei o tratamento com medicamentos e injeções de insulina. Não deixo de me tratar”, conta.

Riscos associados

Os riscos à saúde aumentam ainda mais quando uma pessoa apresenta as duas enfermidades. Segundo dados do Ministério da Saúde, um a cada quatro indivíduos sofre de hipertensão arterial e cerca de 30% dos brasileiros com mais de 60 anos têm as duas doenças, que são causadoras da maioria dos episódios de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.  

Além do AVC e infarto, o paciente diabético e hipertenso pode evoluir para outras complicações, como amputação de membros, cegueira, insuficiência renal e até a morte.  “São doenças muito perigosas, que requerem cuidado constante e um acompanhamento multidisciplinar”, frisa a médica da Usisaúde.  

Atenção Primária à Saúde

O conceito de Atenção Primária à Saúde (APS) tem como ponto central não só a prevenção de doenças, mas também a manutenção da saúde por meio da prestação de serviços continuada, centrada no indivíduo e no contexto em que ele está inserido. É cada vez mais importante que organizações ligadas à saúde tracem estratégias para aprimorar a atenção prestada às pessoas com doenças crônicas, principalmente hipertensão e diabetes.

Um dos exemplos é da Usisaúde. A   operadora desenvolveu, por meio de seu programa Usifamília, iniciativas destinadas aos beneficiários que ajudam a prevenir doenças crônicas. Entre elas se destacam o projeto “Cuidar” e “Equilibrar”. O primeiro orienta e apoia pessoas no cuidado adequado às doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes, pressão alta, doenças do coração e doença renal crônica. Seu objetivo é diminuir as chances de internações e reduzir os riscos de complicações.

No Projeto “Equilibrar” são trabalhados os desafios para uma alimentação saudável, identificando os grupos de alimentos e os modismos alimentares. O intuito é oferecer informação e educação em saúde com a adoção de hábitos alimentares saudáveis para a promoção da qualidade de vida e prevenção de doenças.

“Na atenção primária, o nosso objetivo é, antes de tudo, prevenir a doença e tratar o ser humano como um todo. É importante prevenir doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, que são questões de saúde pública, mas caso o indivíduo já tenha o diagnóstico é preciso também oferecer todo cuidado e atenção da equipe multidisciplinar”, reforça Milyan Gomes. 

Sobre a Usisaúde

A Usisaúde é uma operadora de planos de saúde da Fundação São Francisco Xavier, que atua no segmento de saúde suplementar, ofertando planos de assistência médica, odontológica, saúde ocupacional e transporte aeromédico em vários estados brasileiros. Com 30 anos de mercado, é a maior operadora filantrópica do país e a mais renomada no Vale do Aço, com 60% de participação de mercado na região. Por cinco anos consecutivos, a Usisaúde recebe a nota máxima do IDSS (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar), principal avaliação das operadoras de planos de saúde, feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).  

É pioneira no estado a alcançar a certificação norma ISO 9001, e em 2022, foi certificada na RN 507 – Nível II (prata), norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que é uma certificação de boas práticas para gestão organizacional e gestão em saúde cujo objetivo é a qualificação dos serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde.