Os Correios lançam, nesta quinta-feira (22), o selo especial da Série Mercosul: Fauna e Flora – Suculentas. O décimo quarto lançamento filatélico de 2022 destaca toda a relevância e beleza das plantas capazes de acumular água no caule, nas folhas ou até nas raízes. Suculência é uma característica altamente associada a resiliência. Por isso, ela está tão presente em plantas que habitam regiões áridas do globo, porque a falta de água é o maior fator que impede a sobrevivência de uma planta. Este incrível mecanismo permite que no Brasil sejam encontradas suculentas habitando desde os rochedos no Rio Grande Sul até a floresta amazônica. Estima-se que existam mais de 12 mil espécies de suculentas distribuídas principalmente no sul e leste da África, na Cordilheira dos Andes, no Brasil, no México e desertos da América do Norte. Entretanto, estas plantas ocorrem apenas em lugares muito restritos, o que torna a maior parte das suculentas muito suscetíveis a perda de habitat e as mudanças climáticas e, como consequência, muitas estão ameaçadas de extinção. Se por um lado o aquecimento global afeta a sobrevivência de diversas suculentas em seus ambientes naturais, por outro estas plantas representam o futuro da agricultura. Assim como a cana-de-açúcar, essas plantas têm a capacidade de acumular muitos açúcares que podem ser convertidos em biocombustíveis, com o diferencial de utilizarem até 80% menos água que as culturas tradicionais. Sobre os selos – A emissão traz 4 selos de suculentas, das espécies Quiabo-da-lapa (Uebelmannia pectinifera), Mandacaru (Cereus jamacaru), Planta-pedra (Lithops lesliei) e Sisal (Agave sisalana), retratadas em belas fotografias, onde é possível ver a beleza das cores, texturas e formatos da flora brasileira. Uebelmannia pectinifera subsp flavispina (Buining & Brederoo) Nome popular Quiabo-da-lapa Um dos cactos mais raros da flora brasileira, sendo encontrado apenas nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais. A subespécie com espinhos amarelos é ainda mais rara e nativa apenas do município de Diamantina-MG. Lithops lesliei (N.E.Br.) Nome popular: Planta-pedra Planta nativa de regiões desérticas na Namíbia e África do Sul, que apresenta inúmeras adaptações morfológicas e fisiológicas para prosperar em ambientes extremos. Essa suculenta mimetiza pedras e, assim, evita ser depredada. Estima-se que existam por volta de 300 espécies de Lithops, diferenciadas pelos diversos padrões de suas folhas. Cereus jamacaru (DC.) Nome popular: Mandacaru Um dos cactos mais típicos das paisagens do semiárido brasileiro, que pode superar os 10m de altura. É encontrado desde o Piauí até Minas Gerais, mas pode ser cultivado em praticamente todo Brasil. Já foi muito utilizado na construção civil e agora se destaca pelo seu potencial biotecnológico na indústria de cosméticos e alimentícia. Agave sisalana (Perrine) Nome popular: Sisal Nativa do semiárido mexicano, essa planta produz uma fibra conhecida como Sisal no Brasil. Obtida a partir das folhas do Agave sisalana, seu cultivo tem grande importância, sendo muitas vezes a única alternativa com ganhos econômicos no semiárido brasileiro. Hoje o Sisal é utilizado principalmente em cordoaria e seu bagaço tem mostrado potencial para bioinseticidas, manocelulose e até biogás. Com tiragem de 128 mil exemplares e valor de R$ 2,60 cada, os selos já estão disponíveis para venda na loja virtual e, em breve, nas principais agências do País. |
Correios lança selo em homenagem à flora brasileira
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