Nos dias 18 e 19 de agosto, às 20h30, na Sala Minas Gerais, o Principal Assistente Clarinetista da Filarmônica, Jonatas Bueno, contribui para a celebração dos 125 anos de Francisco Mignone e interpreta o seu Concertinho para Clarinete. A apresentação, dirigida pelo maestro José Soares, Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais, terá também a Sinfonia nº 34 de Mozart e a resolução dos “enigmas” propostos por Elgar em suas Variações. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

De acordo com as orientações da Prefeitura de Belo Horizonte para a prevenção da covid-19 em ambientes fechados, o uso de máscara é opcional na Sala Minas Gerais. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.

José Soares, Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, tendo sido seu Regente Assistente desde as duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio, edição 2021 (Tokyo International Music Competition for Conducting). José Soares recebeu também o prêmio do público na mesma competição. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Cláudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop. Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Atualmente, cursa o bacharelado em Composição pela Universidade de São Paulo.

Jonatas Bueno, clarinete

Nascido em São Paulo, Jonatas iniciou seus estudos na Emesp e graduou-se em Clarinete pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), sob orientação do professor Sérgio Burgani. Participou de masterclasses com Wenzel Fuchs, Christoph Muller, Michael Gurfinkel, Ovanir Buosi e Cristiano Alves. Em 2012, ganhou o primeiro lugar na categoria Música de Câmara no concurso Pré-Estreia da TV Cultura, com o Quarteto Nó na Madeira. Com o grupo, apresentou-se como solista em concerto da Orquestra Jovem Tom Jobim, interpretando obras de Léa Freire com arranjo de Luca Raele. Também venceu as edições 2010 e 2011 do concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica Jovem de Guarulhos e a edição 2009 do Jovens Solistas da Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. É músico da Filarmônica desde 2013.

Repertório

Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, Áustria, 1756 – Viena, Áustria, 1791) e a obra Sinfonia nº 34 em Dó maior, K. 338 (1780)

A sinfonia K. 338 é de 1780, pertence à fase em que Mozart ainda residia em Salzburgo e antecede duas obras-primas: a sinfonia K. 385 (Haffner) e a K. 425 (Linz). É interessante notar o trabalho com os sopros e a rítmica típica da fanfarra, no primeiro movimento, que lhe atribuem um caráter festivo, que contrasta com o segundo movimento. Este desperta o Mozart da ópera e da música vocal. O último movimento é uma dança, um tanto enérgica, bem à maneira da tradição musical italiana. Não se sabe ao certo a data de estreia dessa obra, mas pode-se supor que se deu na corte do Príncipe-Arcebispo de Salzburgo, antes de 1781.

Francisco Mignone (São Paulo, Brasil, 1897 – Rio de Janeiro, Brasil, 1986) e a obra Concertino para clarinete (1957)

Ao lado de Fernandez e Villa-Lobos, Francisco Mignone completa “a trinca da excelência do nacionalismo musical brasileiro”. A história de seu Concertino para clarinete deve muito ao rádio. Na década de 1950, a Orquestra Sinfônica da Rádio Gazeta de São Paulo transmitia para quase todo o Brasil, por meio do sistema de ondas médias, programas semanais com repertório sinfônico. Em 1955, ao ouvir a interpretação do Primeiro Concerto para clarinete de Weber, Alfério Mignone, pai do compositor, surpreendeu-se com a qualidade da Orquestra e do solista José Botelho. Ao ouvir os elogios tecidos pelo pai, Mignone, que tinha vários amigos na instituição, visitou um dos ensaios e perguntou sobre o clarinetista de nome Botelho. Nesse primeiro encontro, o compositor afirmou que escreveria um Concertino para ele. Concluída no Rio de Janeiro em 27 de fevereiro de 1957 e dedicada a José Botelho, a obra chegou às mãos do instrumentista quando Mignone viajou a São Paulo para reger a orquestra da rádio. A estreia da obra se deu pouco tempo depois, em 9 de junho de 1957, com a regência de Mignone e o solo de Botelho, no Auditório da Rádio Gazeta.

Edward Elgar (Broadheath, Inglaterra, 1857 – Worcester, Inglaterra, 1934) e a obra Variações Enigma, op. 36 (1898/1899)

Elgar compôs sua primeira grande obra aos quarenta e dois anos de idade: as Variações Enigma. Uma noite, ao dedilhar o piano descompromissadamente, sua esposa o interrompeu, pedindo que repetisse a música que acabara de tocar. Elgar logo percebeu que havia criado uma bela melodia, e começou a brincar ao piano, alterando o tema da maneira como seus amigos o teriam feito, se fossem músicos. Nasciam ali as Variações para Orquestra, obra que consiste de um tema e quatorze variações, cada uma representando as características íntimas de um amigo do compositor – como a buzina da bicicleta de Baxter Townshend e as oscilações de humor do amigo Penrose Arnold. Terminadas em fevereiro de 1899, as Variações para Orquestra foram estreadas em junho desse ano. Elgar revisou a obra em 12 de julho, estendendo o final a fim de criar uma forma mais simétrica. A nova peça recebeu o título de Variações Enigma graças a uma carta de Elgar, logo após a estreia, dizendo que havia um segundo tema, misterioso, que perpassava todas as variações, não perceptível a ninguém. “O enigma”, disse o compositor, “eu não explicarei”. Esse tema, escondido nas profundezas do tecido musical, deu início a inúmeras especulações. Até hoje, o enigma não foi solucionado.

Programa

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Série Allegro

18 de agosto – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Vivace

19 de agosto – 20h30

Sala Minas Gerais

José Soares, regente

Jonatas Bueno, clarinete

MOZART                 Sinfonia nº 34 em Dó maior, K. 338

MIGNONE              Concertino para clarinete

ELGAR                     Variações Enigma, op. 36

INGRESSOS:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h