Apenas no Estado, a administradora Ademilar comercializou em junho mais de R$  2,2 milhões em crédito, um crescimento de 85,02% em comparação ao mesmo mês de 2019.

Após um período de oscilação, o sistema de consórcios anuncia a retomada dos negócios. É o que aponta dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios, a ABAC. De acordo com a instituição, no segmento de imóveis, houve no primeiro semestre um crescimento de 14,9% no ticket médio mensal, em comparação ao mesmo período de 2019. O volume de créditos disponibilizados no acumulado de janeiro a junho de 2020 alcançou R$ 6,89 bilhões, uma alta de 82,8% em relação aos seis primeiros meses do ano passado. Outro indicativo da recuperação do segmento é a performance da Ademilar Consórcio de Imóveis, umas principais empresas do setor. Em junho, a empresa alcançou recorde mensal de vendas, com a comercialização de quase R$ 500 milhões em créditos. Na soma dos seis primeiros meses de 2020, a administradora comercializou em crédito R$ 1.758 bilhão, o que representa uma alta de 21,40%, em relação ao primeiro semestre do ano anterior. Apenas em Minas Gerais, em junho a empresa comercializou em crédito mais de R$ 2,2 milhões, um crescimento de 85,02% em comparação ao mesmo mês de 2019.

Os bons resultados acompanharam uma importante movimentação da empresa, o anúncio da fusão com a Conseg, especialista em consórcio de veículos pesados e leves (representante das marcas Iveco, Librelato, Mitsubishi, New Holland, entre outras), passando a fazer parte do grupo Ademicon. Com atuação nacional, a Ademicon é a maior administradora independente de consórcios do Brasil nos segmentos imóvel e pesados, sendo responsável pela gestão de mais de 82 mil cotas e com mais de R$ 13 bilhões em créditos ativos comercializados. No ranking geral do Banco Central, a empresa ocupa a oitava posição.

A gestão da Ademicon tem à frente Tatiana Schuchovsky Reichmann, atual CEO da Ademilar, e Jefferson Maciel, atual CEO da Conseg, que assume o cargo de vice-presidente de Relações com o Mercado. Com a conclusão da negociação, a família Schuchovsky passa a controlar 70% das ações da Ademicon, enquanto a Conseg, que tem entre seus acionistas o fundo Treecorp Investimentos e o empresário Jefferson Maciel, ficará com 30% das ações. O Conselho de Administração terá como presidente Raul Schuchovsky e será formado por membros da família Schuchovsky, do fundo Treecorp, da Conseg e por conselheiros independentes. 

“Essa negociação une o que há de melhor em cada companhia e possibilita a extensão de nossa linha de produtos, bem como a ampliação da nossa carteira de clientes e praças de atuação. Além disso, reforçamos a atuação da empresa no mercado de imóveis e de veículos, dentre eles os relacionados ao agronegócio, importante setor econômico brasileiro. O movimento resultará em benefícios para clientes, colaboradores, parceiros e o mercado em geral. Ao longo de suas histórias, as duas administradoras construíram um canal comercial muito forte, que refletiu num crescimento acima de 30% nos últimos anos em ambos os negócios. Apesar do atual momento, neste primeiro semestre, as empresas cresceram quase 20% em comparação ao mesmo período do ano passado. Por esses e outros atributos, uma vez implementada a fusão, vamos explorar todo o potencial do ecossistema de clientes, trazendo inovações a todos os nossos públicos. Por fim, a Treecorp vai sustentar a estratégia de consolidação do grupo e fortalecer a nossa governança corporativa, nos preparando para o mercado de capitais”, afirma Tatiana Schuchovsky Reichmann, CEO da companhia.

“Vamos reforçar as estratégias de vendas das nossas marcas parceiras, contribuindo ainda mais com o mercado B2B. Esse movimento tem como objetivo dar maior respaldo tecnológico e reforço administrativo para os produtos white label, maximizando os processos de gestão do consórcio”, enfatiza o vice-presidente de Relações com o Mercado do grupo, Jefferson Maciel.


Com a participação da Treecorp, a companhia também estará mais capitalizada para investir em novas tecnologias e ampliar a sua carteira de produtos com o objetivo de abranger outros serviços financeiros, reforçando o seu posicionamento consultivo e estratégico. Dessa forma, com a fusão, a Ademicon se posiciona para liderar um movimento de inovação do consórcio no Brasil. Espera-se que o setor passe pelo mesmo dinamismo experimentado recentemente pelo segmento bancário no país, resultando em melhores serviços para os clientes, bem como novas oportunidades para parceiros e colaboradores. 

A conclusão do negócio ainda está sujeita a etapas adicionais usuais deste tipo de parceria, dentre as quais a aprovação pelo Banco Central do Brasil.