“O mercado americano subiu, o mercado internacional subiu, e o Brasil acompanhou”

Mesmo com o avanço de número de casos de coronavírus nos Estados Unidos, o progresso na corrida em busca da vacina contra o novo coronavírus (covid-19) fez com que os investidores ao redor do mundo tomassem otimismo com as novidades para manter o bom humor do mercado, refletindo-o nesta quarta-feira.

A vacina que entrará em fase final em 27 de julho, está sendo produzida pela farmacêutica norte-americana Moderna, e induziu respostas de anticorpos contra o vírus em todos os 45 participantes testados. Esse avanço contribuiu para que o dólar comercial operasse em queda, tendo recuo de 0,80%, valendo R$ 5,33 nesta manhã. No cenário interno, o Ibovespa sobe 0,92% aos 101.391 pontos.

Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, explica que o Brasil acompanha o otimismo do exterior. “O mercado acordou animado, chegando à mais de 100 mil pontos no Índice Bovespa, e essa agitação se deve principalmente pelo anúncio da vacina. O mercado americano subiu, o mercado internacional subiu, e o Brasil acompanhou.

O Brasil é um dos países que ainda não se recuperou totalmente, mas nos EUA, os índices estão praticamente no mesmo patamar que estavam antes da crise”, dispara. Silveira também comenta que com “prêmio” para quem comprar ações do Brasil, pode fazer com que aumente o fluxo de estrangeiros no país. “O Brasil tem no jargão do mercado financeiro, algum “prêmio” para quem comprar ações brasileiras. E com isso, até o fluxo de estrangeiros vai começar a aumentar no país e a bolsa segue a dinâmica com algum prêmio sendo recuperado.

O mercado não espera as coisas acontecerem, ele se antecipa e coloca os preços antes.” Dessa forma, o mercado internacional acompanha os resultados da vacina e os investidores avaliam que a retomada global será somente com a imunização das pessoas, evitando novas ondas de contágio.