Humor, amor e dança se unem no palco para resgatar a trilha sonora de um dos ritmos mais românticos da música, com Françoise Forton e Aloísio de Abreu no elenco

A geração dos anos 20 ao 60 irá se emocionar ao resgatar uma época em que se dançava de rosto colocado ao som de músicas que falam de amor. A nova geração irá compreender o motivo pelo qual o bolero é um ritmo que perdura por décadas. “Minha Vida Daria um Bolero”, de Artur Xexéo, com Françoise Forton e Aloísio de Abreu no elenco, resgata os sucessos do bolero presentes no imaginário coletivo até hoje. “Tú te Acostumbrastes”, “Solamente uma Vez”, “Angustia”, “Besame Mucho”, “Contigo Aprendi”, “Noite de Ronda”, “Vereda Tropical” e mais 11 músicas estão na montagem, que fará apresentações nos dias 08 e 09 de junho (sábado às 21h e domingo às 19h), no Grande Teatro do Sesc Palladium.

“Poucos gêneros musicais falam tanto do amor quanto o bolero: paixões não correspondidas, relações interrompidas e amores proibidos. O bolero adequado a uma comédia romântica é suave e leve. Todo mundo já se emocionou com algum bolero. Há toda uma geração que dançou de rosto colado ouvindo Nat King Cole cantar “Aquellos ojos verdes”, ou as cantoras da Era do Rádio, a Nana Caymmi”, conta Xexéo, que este ano completa 43 anos dedicados ao jornalismo, destes, 9 compartilhados com o teatro. A montagem traz ainda Itamar Assiere, que além de fazer a direção musical, toca piano ao lado do percussionista Diego Zangado. A direção é de Rubens Camelo e Paulo Denizot, que também assina a iluminação.

A história

Quando começa a peça, está indo ao ar a última edição do programa “Minha Vida Daria Um Bolero”. Neste dia, Diana expõe, ao vivo, o relacionamento que mantém há 20 anos com Orlando.  Porém, eles nunca se viram. Só conversam por e-mail, mensagens de celular e principalmente pelo programa de rádio. Mas agora, após a última edição, pela primeira vez, terão um encontro presencial, numa prometida aula de dança. As ondas da rádio Mundo criam a relação entre os personagens. Diana é uma mulher que nunca se casou, acredita no amor, mas nunca arriscou. Orlando é um homem que sempre quis casar, porém com dificuldades de manter as relações. Na medida em que o tempo passa, durante o programa, os personagens vão ajudando um ao outro, aprendendo e descobrindo o caminho do amor.

“A peça conta a maneira com que as pessoas podem se apaixonar, mesmo não estando presentes fisicamente. O relacionamento acontece a partir do programa de rádio de Diana – Minha Vida Daria um Bolero-, onde ela usa boleros para dar conselhos a seus ouvintes”, detalha Françoise Forton. Orlando, interpretado por Aloísio de Abreu, é um professor de dança que busca o programa para se aconselhar e acaba se apaixonando pela voz da apresentadora. “No dia em que é abandonado no altar por sua noiva, Orlando ouve o programa de boleros e se apaixona pela voz e pelo jeito despachado da locutora”, conta Abreu.

O espetáculo, que tem realização do Ministério da Cidadania e Governo Federal, integra a Temporada Pólobh 2019, que assegura a circulação, em Belo Horizonte, de grandes nomes das artes do Brasil e do Mundo, com produção nacional da Barata Produções, produção executiva local da Pólobh, patrocínios locais do Instituto Unimed-BH, Pottencial Seguradora, MIP Engenharia, Localiza Hertz como locadora oficial, viabilizados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, parceria estratégica com o Jornal O Tempo e Rádio Super FM, promoção exclusiva da Rádio Alvorada e apoio da Fredizak, HBA, SouBH além do apoio cultural do Sesc em Minas e o apoio da Globo.

Depois de assistir “Minha Vida Daria um Bolero”, o jornalista ZUENIR VENTURA escreveu em sua coluna: “A música como bálsamo”: Nós estávamos precisando, exclamou uma senhora…………. Na véspera, eu ouvira mais ou menos o mesmo depois do musical “Minha vida daria um bolero”. Eram desabafos de quem não aguenta mais nosso cotidiano de guerra civil e de histórias enfadonhas de busca de vices ou de enredos criminosos como o desse Dr. Bumbum, que, se não bastassem todas as trapaças, é suspeito, como Édipo, de ter matado o namorado da mãe.………. música funcionando como bálsamo. No caso do bolero, me empolguei tanto que, acredite, abri o peito cantando junto com o público “Besame, besame mucho/ Como si fuera esta noche la última vez” ou “Es la historia de un amor/ Como no hay otro igual/ Que me hizo comprender/ Todo el bien, todo el mal” ou então, imitando o sotaque de Nat King Cole, “Siempre que te pregunto/ Se algun amor escondes/ Tú siempre me respondes/ Quizás, quizás, quizás”. Eu mesmo só me dei conta do meu desempenho quando as pessoas, ainda surpresas, vieram comentar depois do espetáculo: “Você cantou a noite toda!”. Ou seja, fiz agora o que 70 anos atrás tinha vergonha de fazer.

FRANÇOISE FORTON

Filha de um francês e de uma brasileira, iniciou a carreira de atriz em 1969. Em seguida, participou de um episódio do seriado A Grande Família, na Rede Globo, em 1973, interpretando a namorada do personagem Tuco. Ganhou mais notoriedade na televisão com a novela Fogo sobre Terra, em 1974, interpretando a rebelde Estrada-de-Fogo. Desde então, passou a integrar o elenco de várias telenovelas, sempre com papéis importantes. Na Rede Globo esteve em grandes produções, como a novela Cuca Legal, Estúpido Cupido, Bebê a Bordo, Tieta, Meu Bem Meu Mau, Quatro por Quatro, Explode Coração, O Clone e outras. Também trabalhou em outras emissoras como a TV Bandeirantes e TV Record

Serviço:

“Minha Vida Daria um Boleto”

Data: 08 e 09 de junho (sábado às 21h e domingo às 19h)

Local: Grande Teatro do Sesc Palladium

Valores:

Plateia I – R$ 90,00 (Inteira) | R$ 45,00 (Meia)

Plateia II – R$ 70,00 (inteira) | R$ 35,00 (Meia)

Plateia III – R$ 50,00 (Inteira) | R$ 25,00 (Meia)

Vendas: bilheterias do teatro (Rua Rio de Janeiro, 1046 , Centro) ou pelo site https://www.ingressorapido.com.br/

Informações: (31) 3270-8100 | www.sescmg.com.br/sescpalladium/

Classificação: 12 anos

Duração: 70 min

Ficha técnica / Minha Vida Daria um Bolero:

Elenco: Françoise Forton e Aloísio de Abreu

Texto: Artur Xexéo

Direção: Rubens Camelo e Paulo Denizot

Direção musical: Itamar Assiere

Músicos: Diego Zangado e Itamar Assiere

Direção de movimento: Marina Salomon

Produção e assessoria de imprensa: Barata Comunicação