Maristela Bretas
Elizabeth Banks é a verdadeira estrela da produção de terror “Brightburn – Filho das Trevas” que estreia nesta quinta-feira (23) nos cinemas. Com uma excelente interpretação de uma mãe que faz tudo para proteger o filho, ela é o destaque do filme, juntamente com as cenas sangrentas. Apesar de a família Gunn atuar em peso na criação do longa – James (de “Guardiões da Galáxia”) dividindo a produção com Mark e Brian, também roteiristas – o filme é fraco em enredo, mas garante tensão quando o alien ataca suas vítimas, o que deve agradar a quem gosta do estilo.
Logo no início, o diretor David Yarovesky apresenta ao público uma história do “Superman” transformada em terror. Mas uma cópia em todas as características – ele voa, usa capa vermelha, tem superforça e ultravelocidade, solta raios pelos olhos, veio do espaço numa nave que caiu na fazenda de um casal sem filhos. Mas, ao contrário do Homem de Aço, Brandon (interpretado por Jackson Dunn) é um alienígena do mal em corpo de humano que só descobre seus poderes na adolescência. Os pais e educadores atribuem as mudanças de comportamento do jovem aos hormônios da puberdade.
Os sustos em “Brightburn” são menores, mas as cenas de ataques são bem violentas, provocando mais aflição que medo. Se era intenção do diretor usar um jovem que aparenta estar desconectado de tudo (inclusive do personagem), distante do ambiente e até da família que o criou, ele conseguiu. Dunn parece que está fora do planeta, principalmente quando começam as mudanças em seu corpo. Mas se transforma completamente nos momentos de fúria.
Além de Elizabeth Banks, o elenco conta com David Denman, no papel do pai, também está ótimo e faz o contraponto sensato na relação do casal quando começam as discussões sobre o comportamento de Brandon e até onde erraram com o garoto. Como em “Maligno“, é levantada a dúvida sobre até onde uma mãe fecharia os olhos para os erros e a maldade de um filho, mesmo sentido medo dele.
Na história, uma criança alienígena cai na fazenda de um casal da parte rural nos Estados Unidos, que decide criar o menino como seu filho. Porém, ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói para a humanidade, ele passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive, tornando-se uma força obscura na Terra, provocando destruição e mortes.
“Brightburn” é um filme bom, cenas bem feitas apesar de insistir no ambiente escuro das produções de terror, com poucas ambientações durante o dia, e apresenta mais uma adolescente do mal, capaz de fazer coisas assustadoras. Novamente, a complementação do título em português está errada, já que o jovem nada tem de Filho das Trevas. Só serve para levar o público a achar que se trata de um filme sobre crianças possuídas. Para quem está à procura de um filme de terror, este é a pedida para encerrar o mês no cinema, caso ainda não tenha assistido “Cemitério Maldito“.
Ficha técnica:
Direção: David Yarovesky
Produção: Stage 6 Films, Screen Gems, Troll Court Entertainment, The H Collective
Distribuição: Sony Pictures Brasil
Duração: 1h31
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 16 anos
Nota: 3 (0 a 5)