Em ofício enviado ao presidente Bolsonaro, Associação que representa o transporte público por ônibus apoia preocupação do governo com reajuste e diz que a sociedade será duramente impactada se não houver uma política para o preço do combustível
O setor de transporte público por ônibus urbano defendeu hoje, junto ao Governo Federal, a adoção de políticas públicas para atenuar o enorme peso do preço do óleo diesel no custo de vida dos brasileiros, tendo em vista o impacto que o aumento do combustível tem no preço das passagens. O diesel representa hoje 25% dos custos totais do transporte coletivo urbano por ônibus, serviço público essencial e um direito social dos brasilieiros, utilizado principalmente pelas classes mais carentes da sociedade.
Esse foi o teor do ofício enviado diretamente ao presidente da república, Jair Bolsonaro, no qual o setor manifesta apoio à preocupação do governo com o reajuste do preço do óleo diesel, recém anunciado pela Petrobrás. “É importante que o Executivo tenha em mente que o óleo diesel, utilizado para abastecer a frota de caminhões é o mesmo utilizado nos quase 100 mil ônibus urbanos em operação no Brasil”, destaca Otávio Cunha, presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que assina o ofício.
Ainda de
acordo com a NTU, o óleo diesel representava no passado apenas 10% dos custos
totais do ônibus na época em que existiam subsídios cruzados na cadeia do
petróleo e o preço desse combustível representava apenas uma fração do preço da
gasolina, situação que mudou ao longo dos anos.
A Associação,
que representa cerca de 500 empresas associadas e mais de 70 entidades
patronais filiadas de todas as regiões do país, também reforça que os coletivos
urbanos realizam diariamente mais de 50 milhões de deslocamentos de pessoas nas
cidades, o equivalente a 87% das viagens em transporte público coletivo urbano
no país.