Especialista dá dicas para quem quer tirar o sonho do papel gastando menos

Em tempos de economia em processo de recuperação e altas taxas de desemprego, fazer um intercâmbio para outro país pode parecer, à primeira vista, um plano para ficar no papel. No entanto, a realidade deste mercado tem mudado e as agências oferecem, atualmente, cada vez mais opções e condições para quem quer se aventurar mundo afora. Por isso, com persistência e planejamento, é possível criar alternativas que aliviam o bolso e tornam este sonho uma realidade.

Segundo o diretor da agência de educação intercultural World Study BH, Paulo Silva, com atenção a alguns detalhes dá para economizar na hora de fazer um intercâmbio ou, até mesmo, recuperar o dinheiro investido. “Em uma primeira análise, as pessoas buscam informações sobre os períodos de baixa temporada, quando os custos de despesa pessoal são menores, mas há outras características em uma viagem que podem torná-la bem mais acessível”, garante.

A principal delas, segundo Silva, é a escolha do destino. “Se o intercambista pretende economizar, não adianta ele querer ir, por exemplo, para o Reino Unido. Quando as pessoas falam em um destino mais em conta, sugerimos Cape Town, na África do Sul. Para lá, o intercâmbio é mais em conta porque a moeda é desvalorizada em relação ao real. E, além disso, a cidade é belíssima, com atrativos interessantes e passeios com valores acessíveis”, afirma.

Para os que querem aproveitar a experiência e passear, uma opção recomendada por Silva na World Study é o programa World Trip, que proporciona ao intercambista conhecer diversas cidades e mergulhar em várias culturas. “Colocando o básico na mochila, é possível fazer vários passeios e praticar idiomas diferentes com ótimo custo-benefício”, explica.

Trabalhar para pagar o intercâmbio

Outra alternativa —talvez a mais comum— para baratear o intercâmbio, é apostar em uma modalidade que permita ao estudante desempenhar uma atividade remunerada, possibilitando o ganho de um salário para ajudar nas despesas da viagem, como moradia e alimentação. “Trabalhar é uma ótima solução para que o intercambista recupere parte do montante investido. Essa vivência também proporciona maior interação com as pessoas, o que favorece na fluência na língua local”, destaca.

Neste caso, uma das recomendações de Silva é o programa Au Pair, uma modalidade de intercâmbio voltada para quem deseja ter a experiência de estudar, trabalhar com crianças de forma remunerada e ainda conviver com uma família local, vivenciando o dia a dia, a cultura e a realidade do país. “O Au Pair tem como vantagem o fato do intercambista não precisar arcar com os custos de alimentação e acomodação, tornando seu intercâmbio bastante econômico”, conta o especialista.

A duração do programa Au Pair é de 12 meses de intercâmbio, com possibilidade de extensão por mais 12 meses, o que torna essa modalidade diferenciada. Mas existem alguns pré-requisitos. O candidato deve ter entre 16 e 26 anos de idade, ser solteiro e sem filhos, ter concluído o ensino médio, ter disponibilidade para viagens dentro do país, ter ainda a mente aberta para viver com famílias de culturas, hábitos e religiões diferentes dos seus e, claro, gostar de cuidar de crianças.

Outra dica do especialista é pesquisar bastante antes de assinar o contrato. “Basta pesquisar e fazer algumas contas. Hoje, é possível flexibilizar bastante as condições para os estudantes e oferecer muitas vantagens. Na World Study, por exemplo, dá para economizar em todos os destinos e dividir a viagem em até 10 vezes. Além dessa facilidade no parcelamento, também lançamos, constantemente, promoções com isenção de taxa administrativa, incentivos financeiros, câmbio congelado e visto de graça”, conta.

Por fim, o planejamento evita sustos durante a viagem. “O importante é o intercambista saber quanto pode e deverá gastar e se planejar com antecedência para realizar sua viagem sem preocupações. Contar com ao apoio profissional de uma agência contribui para que todos os critérios que citamos sejam avaliados, juntamente com o perfil do estudante e sua disponibilidade financeira”, finaliza Silva.