As atrizes Bel Kowarick, Debora Lamm e Maria Flor estão no elenco do espetáculo “A Ponte”, texto do canadense Daniel MacIvor, que terá a sua estreia nacional no CCBB BH, na próxima semana, dia 23 de  novembro. Ingressos à venda nas bilheterias do CCBB BH .

Três irmãs separadas pela vida são obrigadas a se reunir para enfrentar a morte iminente de sua mãe. Theresa, a mais velha, uma freira que se isolou da família em um retiro religioso. Agnes, a irmã do meio, uma atriz falida que deixou sua cidade natal. E Louise, a mais jovem, apaixonada por séries de TV, a quem não interessa quase nenhum diálogo para fora do mundo virtual. E Neste reencontro, as três vão acabar revendo seus valores, crenças e diferenças em busca da possível reconstrução de uma célula familiar há muito tempo fragmentada.

Esta é trama de “A Ponte”, do canadense Daniel MacIvor, que reúne em cena as atrizes Bel Kowarick, Debora Lamm e Maria Flor, dirigidas por Adriano Guimarães, do Coletivo Irmãos Guimarães, premiado encenador brasiliense. O autor ficou conhecido pelo público brasileiro, através das montagens de “In on It”, “À Primeira Vista” e “Cine Mostro” de Enrique Diaz.

Para o diretor Adriano Guimarães, que aceitou a empreitada a convite das atrizes e idealizadoras do projeto – Bel Kowarick e Maria Flor -, o texto tem como principal recorte a aceitação das diferenças, resultante tentativa de diálogo e da reconstrução de uma família.  As relações familiares expostas no texto são inerentes ao espaço e o tempo, podendo ser retratadas em qualquer país ou época.

Para Bel Kowarick , o texto de MacIvor  provoca fortes reflexões sobre as relações humanas, e principalmente sobre o comportamento de cada quando se encontra em seu núcleo familiar, “onde ficamos todos expostos, sem as máscaras  ou os personagens que desempenhamos  no dia a dia”. Do subtexto, diz Bel Kowarick , retira-se a certeza de que se torna impossível andar para  a frente sem encarar os erros e os desacertos do passado. Não dá para sair passando por cima das coisas, afirma.

Esta é a primeira vez que as atrizes Maria Flor, Débora Lamm e Bel Kowarick e o diretor Adriano Guimaraes, trabalham juntos e encenam Daniel MacIvor. A qualidade da dramaturgia é latente no texto de MacIvor, ressalta Adriano Guimarães, cujo recente trabalho é a direção do espetáculo “Imortal”, adaptação de um conto do argentino Jorge Luiz Borges.

A montagem celebra o encontro de quatro artistas de linhagens distintas. Maria Flor tem a sua história ligada ao cinema e a televisão. A premiada Bel Kowarick é uma referência no teatro contemporâneo produzido em São Paulo, e  Débora Lamm,  sempre associada às comédias, faz o seu primeiro mergulho em um texto intenso, por vezes dramático.

SOBRE O AUTOR DANIEL MACIVOR

Atordramaturgodiretor de teatro e cinema, Daniel MacIvor (nascido em 23 de julho de 1962) é mais conhecido por seus papéis em filmes independentes e na sitcom Twitch City.

MacIvor iniciou a companhia de teatro da da kamera em Toronto – em residência no Buddies in Bad Times Theatre – para quem ele escreveu, dirigiu e atuou. Suas peças incluem Never Swim Alone , este é um jogo , monstro , Marion Bridge , você está aqui , cul-de-sac e uma bela vista . 

Em seus primeiros trabalhos no cinema, MacIvor frequentemente colaborou com o diretor Laurie Lynd , incluindo os curtas-metragens RSVP em 1991, A fada que não queria ser uma fada em 1992, e o longa  House (1995). No início dos anos 2000, escreveu e dirigiu vários filmes independentesPast Perfect, Marion Bridge , Whole New Thing e Wilby Wonderful . A maioria foi feitos em sua província natal, a Nova Escócia. 

Como ator, pareceu em The Five Senses , de Jeremy Podeswa , teve um papel recorrente na série de televisão Republic of Doyle e interpretou Nathan na icônica série de televisão

canadense Twitch City . Nos últimos anos, MacIvor tem trabalhado com o diretor Bruce McDonald como roteirista dos filmes Trigger e Weirdos (para o qual MacIvor ganhou um Screen Award canadense em 2017 por melhor roteiro original).

SOBRE O DIRETOR ADRIANO GUIMARÃES – COLETIVO IRMÃOS GUIMARÃES

Diretor teatral, artista visual e professor. Atua a mais de 20 anos construindo trabalhos em teatro, performance e artes visuais. É conhecido internacionalmente pela pesquisa artística desenvolvida, desde 1998, sobre a obra do escritor irlandês Samuel Beckett. Realizou diversos projetos transdisciplinares contando com a colaboração de Stanley Gontarski, Marília Panitz, Fábio de Souza Andrade, Gisele Fróes, Luiz Fernando Ramos, Vera Holtz, Gerardo Mosquera, Luís Melo, Bárbara Heliodora, Denise Stutz, Gerd Bornheim, Helena Katz, José Miguel Wisnik, Ana Miguel – para citar alguns.

Realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, tendo sua trajetória marcada por mostras como a Bienal de São Paulo e o Panorama da Arte Brasileira. Foi indicado diversas vezes ao Prêmio Shell, uma das mais importantes premiações do teatro brasileiro, sendo agraciados na categoria de Melhor Direção, junto a Hugo Rodas, com a montagem de Dorotéia. Tem em sua trajetória mais de 50 peças teatrais, entre as mais recentes: O Imortal, baseado no Conto de Jorge Luis Borges (2018); Hamlet – Processo de Revelação (2015-2017); Ruído (2016); Nada – Uma Peça para Manoel de Barros (2012-2013).

EQUIPE DE CRIAÇÃO – ESPETÁCULO “A PONTE”

Texto original: Daniel MacIvor

Tradução: Bárbara Duvivier

Direção: Adriano Guimarães

Elenco: Bel Kowarick, Maria Flor, Debora Lamm

Assistência de direção e stand in: Liliane Rovaris

Cenografia: Adriano Guimarães e Ismael Monticelli

Figurino: Ticiana Passos

Iluminação: Wagner Pinto

Interlocução: Emanuel Aragão

Direção de movimento: Denise Stutz

Programação Visual e fotografia: Ismael Monticelli

SERVIÇO TEMPORADA EM BH – ESPETÁCULO “A PONTE” 

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – TEATRO I
(Praça da Liberdade, 450 – Telefone: 31 3431-9400)

PERÍODO: 23 de novembro a 23 de dezembro (sexta a segunda)
HORÁRIO =  20h

Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ingressos à venda

R$ 30 (inteira)  =  Clientes Banco do Brasil tem 50% de desconto.

R$ 15 (meia) =  Estudantes, pessoas com deficiência e maiores de 60 anos.