Maristela Bretas
Até o próprio Dwayne Johnson, que novamente incorpora os papéis de ator principal e produtor executivo, concorda que seu novo blockbuster “Arranha-Céu: Coragem Sem Limite” (“Skyscraper”), que estreia hoje nos cinemas, é uma mistura de dois sucessos do passado – “Inferno na Torre” (1974), com Steve McQueen e Paul Newman, e “Duro de Matar” (1988), que consagrou Bruce Willis. Com um acessório a mais – a força descomunal do protagonista, que não mede esforços (nem efeitos especiais) para ser o herói querido e aplaudido por todos.
Seja pulando de um edifício gigantesco para outro, a quase um quilômetro de altura do chão, enfrentando rajadas de metralhadora, segurando uma ponte de ferro que ameaça cair ou ficando pendurado na janela do arranha-céu, a estrela do filme é Dwayne “The Rock” Johnson. E seu personagem faz tudo isso com uma perna mecânica. Ele é “o cara”!
O ator, que nos últimos tempos também é o produtor executivo de seus longas, tem investido pesado nos estilos filme-catástrofe e arrasa-quarteirão, recheados de muita ação, tiro, porrada, bomba, como “Terremoto – A Falha de San Andreas” (2015) e “Rampage: Destruição Total” (2018).
Em “Arranha-Céu”, ele é novamente o cara grandalhão certinho, regido por bons princípios, pai e marido amoroso, amigo fiel, que tenta levar uma vida correta, mas acaba sendo jogado numa situação que coloca sua vida e a de sua família em perigo. Ele é contratado para avaliar a segurança do edifício mais alto do mundo, o “Pérola”, em Hong Kong, obra de um bilionário excêntrico com complexo de Deus.
O especialista em segurança, veterano de guerra americano e ex-líder da operação de resgate do FBI, Will Sawyer (Dwayne Johnson) vê sua vida virar de cabeça para baixo quando o descomunal prédio pega fogo e ele é acusado de ser o responsável. Para piorar, sua esposa e dois filhos estão presos na edifício, juntamente com o empresário que o construiu. Will terá de enfrentar o fogo, a altura e os terroristas responsáveis pelo incêndio para salvar sua família e provar sua inocência.
As cenas contínuas de ação fazem o público esquecer da história comum do filme . Mal dá tempo para respirar entre um salto, um elevador caindo ou alguém sendo atirado pela janela. E Dwayne Johnson sabe como cativar o público que curte seus filmes (prova disso são as milionárias bilheterias).
Mas se o protagonista tem carisma e cara de paizão, não se pode dizer o mesmo do vilão Kores Botha (interpretado por Roland Moller), que recebeu um papel bem fraco e clichê, sem nada de novo. Talvez para valorizar o dono da bola. Destaque para Neve Campbell como Sarah Sawyer, mulher de Will, que não se contenta em ser apenas aquela que deixa o marido resolver tudo. Ela põe a mão na massa, é boa de briga e troca uns bons tapas com os bandidos.
“Arranha-Céu: Coragem Sem Limite” é um filme para quem gosta do ator e do gênero. Não adianta sair do cinema xingando e dizendo que é exagerado do início ao fim. Ele é exatamente isso e cumpre muito bem o que propõe: entregar aos fãs uma produção muito movimentada, com excelentes efeitos especiais e cenas impossíveis que desafiam as leis da física. Vale conferir.
Ficha técnica:
Direção: Rawson Marshall Thurber
Produção: legendary Pictures / Universal Pictures
Distribuição: Universal Pictures
Duração: 1h43
Gênero: Ação
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 3 (0 a 5)
https://www.youtube.com/watch?v=jDP4BXg-wK8
Eu concordo com sua crítica! Adorei esta história, por que além do bom roteiro, realmente teve um elenco decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. Se vocês são amantes dos filmes Dwayne Johnson este é um filme que não devem deixar de ver. Vale muito à pena, é um dos melhores do seu gênero. Além, tem pontos extras por ser uma historia criativa. Realmente vale a pena todo o trabalho que o elenco fez, cada detalhe faz que seja um grande filme.