Maristela Bretas

Fraco, sem enredo, atores de atuação questionável, pobre de imagens (uma delas é usada três vezes e não representa nada em nenhuma delas). Enfim, o filme de terror russo “A Noiva” (“Nevesta”) é esquecível e marca um início muito ruim do diretor e roteirista Svyatoslav Podgayevskiy. Isso sem falar na dublagem de um filme russo para o inglês com legendas em português, um desencontro total. Pior que telenovela venezuelana.

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Se o trabalho do chefe não foi bom, mesmo tendo bom material para explorar, uma vez que foi baseado em fatos reais ocorridos na Rússia, imagine o do elenco, que deixou muito a desejar em interpretação, principalmente o casal principal – Vyacheslav Chepurchenko (que faz o noivo Ivan) e Victoria Agalakova, no papel de Nastya, a noiva escolhida.

Que sofrência ficar no cinema até o final. O que era para ser um terror, se tornou um martírio de lentidão, com pouco suspense e história sem sentido. Nem mesmo o ambiente sombrio ajudou nos sustos, que não acontecem. Só aumentou o sono. Num ano em que o gênero terror apresentou ótimas produções como “It – A Coisa” e “Annabelle 2“, colocar nas telas um longa como “A Noiva” é uma estratégia decepcionante. Há até uma expectativa de que o final possa trazer surpresas, mas nada acontece.

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Com história confusa, sem impacto e sem ritmo, o filme trata de um ritual macabro praticado no século XIX. Na época acreditava-se que fazendo a fotografia da pessoa morta, a alma seria preservada. E que bastaria usar o corpo de uma virgem num ritual macabro para que a falecida voltasse. Foi pensando nisso que o fotógrafo de mortos resolveu seguir os costumes para tentar reviver sua falecida esposa.

Mas no lugar da morta veio uma entidade que passou a perseguir por várias gerações a família do tal fotógrafo. Na última, já nos dias atuais, um dos herdeiros se recusa a ceder a noiva para hospedar a tal entidade do mal, o que desagrada à família que teme ser punida por não entregar uma vítima para o sacrifício (isso me lembra “King Kong” e “A Múmia“). E só, é essa água morna até o final dos 93 minutos de duração.

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Mas, como gosto não se discute, o diretor com certeza ficou feliz por “A Noiva” ter atingido um ótimo público na Rússia. E ainda poderá ganhar uma versão americana sob a direção dos irmãos Chad e Carey Hayes, os mesmos dos dois filmes de “Invocação do Mal“. Tomara que este remake seja bem melhor que o original e contar a história como deve. Ou pelo menos oferecer bons efeitos visuais para compensar.

Ficha técnica:
Direção e roteiro: Svyatoslav Podgayevskiy
Distribuição: Paris Filmes
Duração: 1h33
Gênero: Terror
País: Rússia
Classificação: 16 anos
Nota: 1,5 (0 a 5)