Número de transações aumentou 35% em junho na comparação com o mesmo período do ano passado, mostra relatório da PwC Brasil; Minas Gerais teve 6% dos negócios

Junho terminou com números positivos no balanço de transações corporativas no Brasil. De acordo com o relatório de fusões e aquisições da PwC Brasil, foram realizadas 58 transações durante o mês: crescimento de 35% se comparado a junho de 2016. No primeiro semestre, foram anunciadas 300 transações –alta de 5% em comparação ao volume registrado no mesmo período do ano passado.

A região Sudeste aparece com 213 transações nos seis primeiros meses do ano, número que representa 71% dos negócios anunciados. Apenas em junho, o Sudeste teve crescimento de 38% se comparado ao mesmo período do ano passado – em 2017, foram registradas 40 transações, ante 29 do ano anterior.

São Paulo lidera o ranking de estados com maior número de transações, com 54% das negociações pactuadas no primeiro semestre. Enquanto no ano passado foram realizadas 139 transações no estado, nesse ano foram anunciadas 163, sendo 131 na capital e 32 em regiões do interior de São Paulo.

Em segundo lugar aparece a região Sul, com 35 negociações – uma queda de 17% em relação aos primeiros seis meses do ano passado, quando foram concluídas 42 operações. O Nordeste aparece em terceiro lugar no levantamento de junho, com 6% das transações concluídas.

Setores em destaque

Entre os cinco principais setores que apresentaram maior número de operações no primeiro semestre, estão Tecnologia da Informação, Serviços Auxiliares, Serviços Públicos, Financeiro e Químico. Somente na área de TI, foram realizadas 67 negociações, o que caracteriza 22% do total transacionado, crescimento de 24% em comparação ao ano anterior, quando foram fechados 54 acordos.

Em segundo lugar no ranking, aparece a área de Serviços Auxiliares, com 29 transações concluídas, o que representa uma queda de 9% em relação aos mesmos meses de 2016. O setor fechou com 10% do total transacionado, seguido por Serviços Gerais, que teve um destaque e registrou 24 transações, com crescimento de 243% em relação a 2016, quando foram computadas apenas sete negociações.

Capital nacional em alta

No primeiro semestre, os investidores nacionais lideraram os investimentos realizados no Brasil, com 58% de participação nas negociações anunciadas até junho. As transações nacionais também tiveram aumento em relação ao ano passado. Enquanto 160 operações foram registradas no período atual, 140 foram realizadas em 2016, um crescimento de 14%.

Com 116 transações realizadas até junho, os investidores estrangeiros tiveram uma redução nas participações de 6% em relação ao mesmo período de 2016, que registrou 124 negociações. Estados Unidos, França e Alemanha foram responsáveis por 45% do total de transações envolvendo capital estrangeiro até junho.

Somente em junho foram anunciadas 19 transações realizadas por capital estrangeiro, crescimento de 19% comparado ao volume transacionado no mesmo período de 2016 (16 transações). Os Estados Unidos aparecem com 28% do total das operações (33 negociações), redução de 27% comparado ao ano anterior (2016 – 45 transações), seguido por França, com 11% do total (13 transações) e Alemanha, com 8 negociações que somaram 7% do total.

Private Equity

Os investidores financeiros estiveram presentes em 82 transações do setor de Private Equity, um crescimento de 46% quando comparado ao mesmo período de 2016 (56 transações), sendo que 59% foram investidores nacionais (48 transações) e 41% investidores estrangeiros (34 transações).

Em junho, especificamente, os investidores financeiros estiveram presentes em 20 transações, crescimento de 67% em contraste com 2016 (12 transações). Desse índice, 75% foram de investidores nacionais (15 transações) e 25% de investidores estrangeiros (5 transações). Das 12 transações anunciadas em junho do ano passado, 58% foram realizadas por investidores nacionais e 42% por investidores estrangeiros.

 

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