Custo com material subiu 0,38% e as despesas administrativas cresceram 2,48%, segundo levantamento do Sinduscon-MG

 

Construir em Belo Horizonte ficou 0,25% mais caro no mês de março. É o que aponta a pesquisa referente ao Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N). O índice ficou 0,11 ponto percentual acima do mês anterior, quando a variação foi de 0,14%. Entre os componentes do CUB/m², o levantamento mostra que que o custo com material cresceu 0,38% e as despesas administrativas aumentaram 2,48%. Já os custos com a mão de obra e o aluguel de equipamentos mantiveram-se estáveis. No primeiro trimestre do ano, o CUB/m² acumula alta de 0,64%.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos), que, em fevereiro de 2018, era R$ 1.335,70, passou para R$ 1.339,07 em março. O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N), a mão de obra representou, em março, 55,69% do custo; os materiais de construção responderam por 39,97% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,34%.

Em março, os materiais que apresentaram aumentos em seus preços foram cimento CP 32 (+6,90%), placa cerâmica (+5,74%), bloco de concreto (+2,60%), fio de cobre antichama (+0,84%), emulsão asfáltica (+0,67%) e disjuntor tripolar 70A (+0,07%).

Apesar desses aumentos, o coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, destaca que, “em março, o mercado continua observando que os aumentos nos preços dos materiais de construção estão acontecendo de forma mais pontual e não generalizada”. “Mas, mesmo assim, estamos observando com atenção as elevações de preços que estão acontecendo. Do total de itens pesquisados, 23% registraram elevação, mas cerca de 54% deles mantiveram seus preços e 23% registraram queda. Sempre é bom lembrar que a inflação do país está em patamar comportado, com perspectivas de encerrar o ano em 3,49%.” Furletti também ressalta que, apesar das expectativas mais positivas para o desempenho da construção em 2018, o setor ainda está com um ritmo baixo de atividades.

Acumulado no primeiro trimestre de 2018 – Nos primeiros três meses do ano, o CUB/m² (projeto-padrão R8N) registrou alta de 0,64%. Já o custo com material aumentou, nesse período, 1,13% e o custo com a despesa administrativa cresceu 4,79%. O custo com aluguel de equipamento e com a mão de obra ficou estável. Os materiais que registraram as maiores elevações de preços foram: esquadria de correr (+13,71%), cimento CP 32 (+10,71%), fio de cobre antichama (+6,67%), bloco de concreto (+3,95%) e placa cerâmica (+3,21%).

Acumulado nos últimos 12 meses (abril/17 – março/18): Nos últimos 12 meses, o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 1,37%, o que foi reflexo das seguintes variações: 2,70% no custo com material de construção, 7,33% nas despesas administrativas e 7,20% no aluguel de equipamentos. Já o custo com a mão de obra manteve-se estável neste período. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços nos últimos 12 meses foram: esquadria de correr (+16,55%), disjuntor tripolar 70A (+15,07%), fio de cobre antichama (+12,68%), janela de correr (+11,94%), tinta látex PVA (+9,89%), porta interna semi-oca para pintura (+9,67%) e tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” (+8,27%).