O início de 2025 trouxe o aumento inevitável das tarifas de serviços essenciais em Belo Horizonte, incluindo o transporte público. Essa elevação de preços, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte foi influenciada por diversos fatores, incluindo as gratuidades e a necessidade de se manter a qualidade do serviço e a sustentabilidade financeira do sistema.  

A gratuidade no transporte público está prevista em diversas legislações, incluindo leis municipais e federais. Em Belo Horizonte o benefício é concedido para idosos, pessoas com deficiência, dentre outros beneficiários previstos em lei, como carteiros e oficiais de justiça. Recentemente, a capital mineira ampliou o benefício para mais de 200 mil pessoas com a “tarifa zero” nas linhas que atendem as vilas e favelas.

Segundo especialistas consultados da área técnica da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), embora seja uma medida importante para garantir a inclusão social, eles concordam que as gratuidades geram um impacto significativo na receita do sistema de transporte afetando diretamente no custo da tarifa. Eles ressaltam que os custos com as gratuidades precisam ser cobertos por fontes permanentes de recursos, para garantir a manutenção da qualidade do serviço e assegurar que todos, independente do direito ao benefício, tenham acesso ao transporte público, com uma tarifa acessível.

“O desafio é que o custo por passageiro sempre aumenta, e a receita gerada pelas tarifas não acompanha, o que torna inevitável o reajuste das tarifas de remuneração, que cobrem os custos dos serviços prestados pelas operadoras e garantem o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e o bom funcionamento do sistema de transporte público”. A Prefeitura de Belo Horizonte se manifestou na divulgação da nova tarifa que buscou conciliar a necessidade de oferecer um transporte público acessível e ao mesmo sustentável, no ponto de vista financeiro das operações. Segundo o executivo, o reajuste foi uma medida necessária para garantir que o transporte