Os belo-horizontinos estão de olho em diversos produtos nesta Black Friday. Contudo, alguns têm maior atenção dos consumidores. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), eletrodomésticos (41,2%), eletrônicos (30,9%) e móveis (22,1%) formam o pódio de intenção de compras. Na sequência estão calçados, cosméticos e roupas, todos com 17,6%, utensílios domésticos (5,9%), acessórios como óculos, joias e relógios (2,9%). Também foram citados pacotes de viagens e produtos alimentícios (2,9) e bicicletas, bijuterias, itens de decoração, jogos eletrônicos, livros, papelaria e produtos farmacêuticos. Todos empatados em 1,5%.
“As compras da Black Friday são caracterizadas pela aquisição de bens de maior valor agregado e uso pessoal. Enquanto nas demais datas os consumidores comprar presentes para outras pessoas, na Black Friday eles se presenteiam. Por isso, o tíquete tende a ser um pouco maior”, explica o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Os consumidores estimam adquirir até quatro produtos na data promocional. Como o gasto com cada item será, em média, de R$ 236,99, o investimento total será em torno de R$ 947,96.
Para pagar as contas da Black Friday, 79,1% dos consumidores da capital mineira vão optar pelo pagamento à vista, sendo: dinheiro (20,6%), pix (20,6%), débito (10,3%), à vista no crédito (2,9%). Já 44,1% afirmam que vão optar pelo parcelamento no cartão de crédito, com uma média de quatro parcelas. E 1,5% sinalizaram o pagamento parcelado no carnê ou cartão da própria loja.
Controle de gastos
Ao serem questionados por quais motivos preferem pagar à vista, a maioria dos entrevistados afirmou que o controle de gastos (24,3%) é o principal. Na sequência foram citados:
- Comodidade/Praticidade: 16,2%
- Não possui cartão de crédito: 16,2%
- Desconto ofertado nesta modalidade: 13,5%
- Não fazer dívida: 5,4%
- Segurança: 5,4%
Para os que irão optar pelo parcelamento, os motivos são: possibilidade de parcelar (48,4%), controle de gastos (19,4%), comodidade/praticidade (12,9%), não ter dinheiro no momento (9,7%), desconto ofertado (6,5%) e segurança (6,5%).
As lojas físicas foram citadas 79,4% dos entrevistados em relação ao local onde pretendem realizar as compras nesta Black Friday. Sendo que os tipos de loja são:
- Lojas de rua do Hipercentro da capital: 30,9%
- Lojas de bairro: 14,7%
- Shopping Center: 14,7%
- Pequenos comércios: 10,3%
- Comércio essencial como mercados: 8,8%
As compras on-line foram citadas por 45,6% e 4,4% pretendem comprar diretamente no site de suas marcas favoritas. As redes sociais são a preferência de 4,45 e os grupos ou aplicativos de ofertas, 4,45.
“A Black Friday tem uma presença muito forte no digital. Mas ela se amplia para o varejo físico de muitas formas, especialmente para aqueles consumidores que pesquisam no online e compram na loja. Nossa pesquisa mostrou que este será um comportamento de 16,3% dos clientes nesta data”, conta Souza e Silva.
Expectativas com preços
Em relação à pesquisa de preços, 38,2% dos consumidores afirmam que os meios digitais são a principal fonte; 32,4% optam pelas lojas físicas e 26,5% nos dois lugares.
A expectativa dos belo-horizontinos quanto aos preços da Black Friday está tecnicamente empatada entre os que acreditam que os valores serão menores (36,8%) que os do ano passado e os que acham que serão maiores (32,4%). Já 29,4% acham que os preços serão iguais e 1,5% não soube responder.
Dentre os consumidores que vão aproveitar a data, 54,4% aproveitam para adquirir um produto da “lista de desejo”; 23,5% querem comprar itens de necessidade com valor mais baixo e, assim, economizar nas compras de supermercado; 16,2% querem atualizar um item que já possui e 4,4% aproveitam as promoções independente do desejo ou necessidade.
Intenção de compra reduzida
Em comparação a 2023, nota-se uma queda na intenção de compras dos consumidores da capital mineira na Black Friday. Enquanto no último ano, 74,8% mostraram-se propensos a realizar alguma compra, neste ano a intenção positiva é de 34% e 23% talvez.
Dentre os que afirmaram que não vão comprar (34,5%), os motivos apresentados são: não acredita ter desconto de verdade (29%), atual situação financeira (15,9%), não nenhum produto que deseja adquirir (14,5%), preços elevados (14,5), dúvidas quanto à qualidade do produto (8,7%), não tem tempo para acompanhar (8,7%), superlotação das lojas no período (7,2%), dificuldade de conseguir crédito/empréstimo (2,9%), não gosta da data (2,9%), não tem interesse (2,9%), não sabe como funciona (1,4%).
Para os que estão indecisos quanto às compras, os fatores que têm influenciado são:
- não sabe se as ofertas compensam: 69,9%
- Atual situação financeira: 32,6%
- Depende da necessidade: 8,7%
- Nunca comprou nesta data: 8,7%
- Falta de tempo: 4,3%
- Experiência ruim em outras edições: 4,3%
- Não quer enfrentar fila: 2,2%
- Não sabe se o produto de interesse estará disponível: 2,2%
Metodologia
A pesquisa da CDL/BH foi realizada com 201 consumidores da capital mineira entre os dias 8 e 21 de outubro. Ao supor aleatoriedade da amostra, obtém-se um intervalo de confiança de 95% e erro amostral de 6,9%.