Coordenadora do Laboratório de Análises Clínicas da Rede Mater Dei De Saúde reforça importância de se fazer o exame, que pode rastrear mais de 90 doenças

A triagem neonatal, conhecida popularmente como Teste do Pezinho, é um conjunto de exames laboratoriais coletados a partir de uma amostra de sangue, normalmente feita por meio de uma lanceta similar à de glicose capilar, no calcanhar do bebê, que tem a valiosa missão de detectar precocemente possíveis doenças do recém-nascido. Para reforçar a importância do exame para gestantes e puérperas, foi instituído no Brasil o dia 6 de junho como Dia Nacional do Teste do Pezinho.

De acordo com Anna Luiza Morais Santos, farmacêutica e coordenadora do Laboratório de Análises Clínicas da Rede Mater Dei de Saúde – unidade Santo Agostinho, o período ideal para a coleta do exame é entre o 3º e 5º dia de nascimento do bebê, entretanto, segundo ela, pode ser feita a partir de 48 horas de vida até 30 dias a partir do nascimento. “Com esse exame simples e rápido, caso detectada alguma anormalidade, é possível  encaminhar os pacientes para diagnóstico e tratamento. A falta de tratamento de uma eventual doença detectada pelo teste pode culminar em manifestações clínicas muitas vezes irreversíveis, que podem ser graves ou até mesmo fatais”, alerta.

Segundo a farmacêutica, há doenças detectadas pelo Teste do Pezinho que não são passíveis de conduta médica devido à sua gravidade. Entretanto, conhecer a condição pode contribuir para o aconselhamento de uma futura gestação. “Dessa forma, quanto antes for possível intervir, menores as chances do desenvolvimento da doença ou do surgimento de sequelas”, acrescenta.

O Teste do Pezinho pode detectar precocemente uma gama de doenças, sendo as mais conhecidas a fibrose cística, fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias, hipotireoidismo congênito,     hiperplasia        adrenal congênita, deficiência da biotinidase, toxoplasmose congênita, galactosemias, aminoacidopatias e distúrbios do ciclo da ureia, distúrbios da beta-oxidação dos ácidos graxos e das acidemias orgânicas, SCID, agama e outras imunodeficiências congênitas e atrofia muscular espinhal.

O teste é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), via Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que estabelece ações de triagem neonatal em fase pré-sintomática em todos os nascidos vivos, acompanhamento e tratamento das crianças detectadas nas redes de atenção públicas. Via SUS, o teste avalia seis doenças: fenilcetonúria, fibrose cística, hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita, doenças falciformes e deficiência de biotinidase. Em Minas Gerais, o Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais agrega 15 doenças no total.

Em unidades hospitalares e laboratoriais privadas, como na Rede Mater Dei de Saúde, é possível ter acesso ao Teste do Pezinho em modalidade ampliada e expandida, podendo chegar entre 50 a 90 doenças pesquisadas. 

Porque no pé? De acordo com a coordenadora Anna Luiza Santos, o pé é o local de escolha do exame por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, facilitando a coleta e por ser muito segura. Ela diz que, em alguns casos, a amostra pode ser coletada por via venosa, com o auxílio de agulha.

Segundo Anna Luiza, o teste é tão importante que em Minas, segundo dados do Programa de Triagem Neonatal (PTN-MG), entre 2018 e 2022 foram triadas 953.490 crianças no Estado, sendo que dessas, 7.831 permaneceram em acompanhamento ambulatorial até dezembro de 2023, ou, seja, apresentaram algum tipo de necessidade.

Suporte completo para gestação e parto – A Maternidade da Rede Mater Dei de Saúde das unidades Santo Agostinho, em Belo Horizonte, Betim-Contagem (MG) e Salvador (BA), têm apartamentos modernos e confortáveis com alojamento conjunto, que permite a permanência do bebê com a mãe em tempo integral. O serviço oferece suporte em todos os momentos da gestação e do parto, onde mãe e bebê contam com assistência hospitalar completa com o que há de mais moderno em estrutura e equipamentos para garantir segurança assistencial e protocolos bem definidos, além do atendimento humanizado do Jeito Mater Dei de Atender, que tem como missão manter o paciente no centro de tudo.

“Nossas equipes são multidisciplinares, reunindo ginecologistas, obstetras, pediatras, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e enfermeiros, e estão capacitadas para realizar as melhores práticas assistenciais. Além disso, a Rede Mater Dei dispõe de serviços de alta complexidade, como os oferecidos na unidade de terapia intensiva neonatal, que atende a recém-nascidos prematuros para cuidados intensivos e intermediários. Contamos também com o serviço de vacinação completo, que acompanha o bebê e toda a família durante todas as fases da vida, com possibilidade de pacotes para os primeiros meses”, complementa a farmacêutica