Concerto da série “Fora de Série”, que, neste ano, destaca a história das orquestras, tem presença de público e será transmitido ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela Rede Minas de Televisão.

O século 20 consolida, de forma crescente, o virtuosismo técnico e expressivo da orquestra moderna, através dos gênios criativos que surgiram nesse período. Três de seus maiores compositores mostram todas essas possibilidades em obras essenciais do século passado e terão suas obras apresentadas pela Filarmônica de Minas Gerais no dia 6 de novembro, às 18h, na segunda parte da história da orquestra moderna, dentro da série “Fora de Série”. No repertório, Ravel, com Mamãe Gansa: SuíteProkofiev, com a Sinfonieta, op. 48 Bartók, comMúsica para cordas, percussão e celesta. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais.

O concerto terá presença de público e a venda de ingressos está disponível no site www.filarmonica.art.br ou na bilheteria da Sala Minas Gerais. O concerto também terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela Rede Minas de Televisão.

Em consonância com as normas da Prefeitura de Belo Horizonte publicadas em setembro/2021, sobre a prevenção da covid-19 em casas de espetáculo, a Sala Minas Gerais trabalha com ocupação de 50% da sua capacidade, podendo receber até 749 pessoas em suas apresentações. A capacidade total da Sala é de 1.493 lugares.

Na Temporada 2021, a série Fora de Série conta a história do desenvolvimento das orquestras ao longo do tempo, em 9 concertos que abordam: Orquestra barroca, Orquestra pré-clássica, Orquestra clássica, Orquestra romântica I, II e III, Orquestra Moderna I e II e a Orquestra contemporânea.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Aliança Energia e Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocinador: Mercantil do Brasil. Apoio: Rede Minas. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

O REPERTÓRIO

Maurice Ravel (Ciboure, França, 1875 – Paris, França, 1937) e a obra Mamãe Gansa: Suíte (1908/1910)

Os cinco movimentos de Ma mère l’oye, ou Mamãe Gansa, foram originalmente escritos por Ravel para piano a quatro mãos em 1908 e orquestrados três anos depois. O título refere-se ao livro homônimo de contos de fadas do famoso Charles Perrault, ao qual pertencem as duas primeiras peças da suíte. Graves contrabaixos preparam o início da Pavana da Bela Adormecida no Bosque. O ritmo lento dessa antiga dança serve de acalanto para a princesa e seus doces sonhos. No conto seguinte, o Pequeno Polegar vagueia no centro da floresta ameaçadora. Na peça de Mme. d’Aulnoy, Feinha, a imperatriz dos pagodes, a princesinha oriental apresenta sua orquestra de porcelana tocando instrumentos de nozes e conchas. Em As conversas da Bela e da Fera, retiradas do conto da Condessa de Beaument, a orquestração de Ravel caracteriza a Bela com o encantador tema do clarinete, em ritmo de valsa. No movimento final da suíte, a Bela Adormecida desperta com o beijo de seu príncipe. O casal é conduzido ao esplendor de O jardim das fadas, que eles percorrem apaixonados, até a fascinante apoteose final.

Sergei Prokofiev (Sontsovka, Ucrânia, 1891 – Moscou, Rússia, 1953) e a obra Sinfonieta, op. 48 (1909, revisão 1929)

Durante um ensaio do Poema do Êxtase, de Alexander Scriabin, a passagem da obra foi interrompida antes do fim. Deu sequência ao ensaio a execução da Sinfonieta de Rimsky-Korsakov. A brusca mudança divertiu e surpreendeu Serguei Prokofiev, que acompanhou o ensaio. Em seu diário, ele recordou que “depois da música elaboradamente mágica e majestosa de Scriabin, a Sinfonieta de Korsakov parecia tão pequena, tão virada para si, mas ao mesmo tempo transparente como água, tão adorável!” Então, Prokofiev, à época com 18 anos, decidiu compor uma obra na qual os principais aspectos fossem o encanto e a simplicidade. Escrita em 1909, antes de o compositor deixar sua cidade natal Sontsovka (no Império Russo, atual Ucrânia), a Sinfonieta passou por duas revisões até tornar-se o opus 48, um elegante e representativo exemplo do lado neoclássico de Prokofiev.

Béla Bartók (Sânnicolau Mare, Hungria, Atual Romênia, 1881 – Nova York, Estados Unidos, 1945) e a obra Música para cordas, percussão e celesta, BB 114 (1936)

O mundo sinfônico do século XX tem muito a agradecer a Paul Sacher. O filantropo, regente e, em alguns momentos, compositor suíço formou, em 1926, a Orquestra de Câmara da Basileia e passou a comissionar trabalhos de importantes compositores. Mais de duzentas obras de nomes como Richard Strauss, Hindemith, Stravinsky, Honegger, Martinu, Tippett vieram ao mundo como resultado dos esforços da instituição. Para celebrar os dez anos da Orquestra, Sacher encomendou a Música para cordas, percussão e celesta a Béla Bartók. A obra foi o início de uma parceria que também envolveu o Divertimento para orquestra de cordas e a Sonata para dois pianos e percussão, todas pertencentes ao período mais frutífero do compositor húngaro. Em 1945, em um tributo após a morte de Bartók, Sacher o descreveu como uma leve e delicada figura, em contraste à força rítmica de seu trabalho: “Seu ser respirava luz e brilho: seus olhos brilhavam com um nobre fogo. No relance de seu olhar, nenhuma falsidade ou obscuridade podia sobreviver. Sua objetividade apaixonada penetrava tudo. Ele mesmo foi transparente até os mínimos detalhes e exigia de todos a sua máxima precisão”. A exatidão é, certamente, a característica central em Música para cordas, percussão e celesta. Apaixonado por matemática e arquitetura, Bartók toma como princípio a proporção áurea na relação entre os movimentos e em sua própria ordenação. Estabelece a disposição dos assentos no palco. Denomina-a Música por não se encaixar em nenhum outro gênero existente. A obra foi estreada em 21 de janeiro de 1937 pela Orquestra de Câmara da Basileia sob condução de Paul Sacher, a quem foi dedicada.

PROGRAMA

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Série Fora de Série – A orquestra moderna II

6 de novembro – 18h

Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente

RAVEL                    Mamãe Gansa: Suíte

PROKOFIEV           Sinfonieta, op. 48

BARTÓK                 Música para cordas, percussão e celesta, BB 114

INGRESSOS:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão Principal) e R$ 155 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

A bilheteria está funcionando em horário reduzido.
— De terça-feira a sábado – 13h a 19h
— Terça, quinta e sexta-feira com concerto – 15h a 21h

Cartões e vale aceitos:

Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.

Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.