A aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia, impõe desafios quanto à especialização da mão de obra e à segurança cibernética
O trabalho híbrido chegou para ficar. É o que indicam estudos sobre o assunto, e eles apontam que a rotina, na conjuntura pós-crise, não voltará exatamente ao padrão adotado antes da pandemia. Essa modalidade é uma combinação do cumprimento da jornada laboral de formas presencial e remota. Na prática, isso quer dizer que o colaborador pode operar alguns dias em casa (ou em outro local de sua preferência) e outros no escritório.
Apesar de já ser parte da realidade de profissionais de áreas como marketing, finanças e recursos humanos bem antes da Covid-19, o trabalho remoto é um conceito que alcançou um novo patamar de discussão na esfera pública, quando a maior crise sanitária dos últimos 100 anos exigiu medidas de distanciamento social. A necessidade de sua ampla adoção trouxe à tona os desafios que uma combinação mais permanente de home office e trabalho presencial trará no que tange à segurança, à disponibilidade das redes e à capacidade dos data centers empresariais.
“O trabalho híbrido é uma evolução tanto do modelo 100% remoto quanto do tradicional, já que, idealmente, integra o melhor dos dois mundos. Isso porque permite não apenas a flexibilidade de se realizar entregas onde quer que a pessoa esteja, mas também a socialização e as trocas tão ricas com os colegas, quando o indivíduo estiver na empresa”, explica Bianca Moreno, Gerente de Recursos Humanos da ODATA.
Como resultado, muitos trabalhadores estão se sentindo ansiosos, sem saber ao certo se as novas necessidades de flexibilidade e de capacitação serão atendidas pelo empregador.
Os principais desafios do trabalho híbrido
A ODATA procura sempre se antecipar às tendências do mercado global, tanto para atender às necessidades dos clientes, quanto para oferecer a melhor experiência possível aos funcionários. No início da pandemia, a companhia rapidamente moveu todos os colaboradores das áreas administrativas para o home office. No entanto, gestores de operação e os principais profissionais das áreas técnicas continuaram atuando presencialmente, em escala de rodízio e de plantão, para assegurar o bom funcionamento das estruturas dos nossos clientes. Atualmente, o setor de RH da companhia percebe um desejo de grande parte dos colaboradores em voltar a trabalhar no escritório. Mas o movimento de retorno é estudado com muito cuidado, considerando principalmente alguns desafios, entre eles:
- A imunização de toda a força de trabalho, para não colocar em risco tudo o que foi conquistado até agora em relação à proteção da saúde das pessoas;
- Os níveis elevados de produtividade de uma equipe mista, ainda mais diante dos altos níveis de ansiedade de esgotamento, acumulados ao longo de tantos meses em isolamento. Cada vez mais, os líderes precisarão ser cuidadosos e empáticos, entendendo a condição individual do colaborador a fim de motivá-lo a entregar o seu melhor, respeitando o limite de cada um;
- A manutenção da cultura organizacional viva. Na ODATA, a cultura de “mão na massa” e o orgulho do pertencimento (o chamado “sangue roxo”, alusão à principal cor que compõe a identidade visual da empresa) sempre foram muito fortes, desde a fundação. Este é um ativo importante do grupo e há esforços para preservá-lo, independentemente do local de trabalho;
- Por fim, a aquisição ou adequação de ferramentas tecnológicas adequadas ao trabalho híbrido das equipes, uma vez que a pandemia acelerou a transformação digital das empresas. A colaboração das equipes em ambientes distintos ainda impõe diversas questões, como a contenção dos ataques cibernéticos.
O cenário atual na ODATA
A aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia (especialmente no setor de serviços), promoveu o aumento de contratações no macrossetor de tecnologia da informação e comunicações (TIC) entre janeiro e abril de 2021. Tais dados integram o Monitor de Empregos e Salários, publicado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Para esse levantamento, a entidade considerou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego.
“Os empregos mais valorizados serão os que melhor se adaptarem a esse modelo mais flexível, seja adquirindo competências técnicas inerentes às tecnologias digitais, seja aprimorando habilidades comportamentais, como a colaboração, a adaptabilidade e a resiliência”, destaca Bianca Moreno.
A ODATA segue nesse caminho e, nos próximos meses, precisará de mais profissionais capacitados. A companhia vem apresentando um crescimento expressivo – não somente no Brasil, mas em diversos países da América Latina, como Colômbia, México e Chile. Por isso, temos um volume de contratação intenso.
Bianca Moreno
Atualmente, lidera o time de Recursos Humanos na ODATA, além de conduzir o desenvolvimento de políticas, processos e estruturação das equipes dos Data Centers de Santana de Parnaíba (SP) e de Bogotá (Colômbia). Com uma consolidada experiência de 15 anos na área, Bianca Moreno tem uma atuação generalista, com destaque para as atividades de Gestão de Pessoal, Cargos e Remuneração, Desempenho, Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Comunicação Interna e Relações Sindicais. Administradora de empresas pela FIA-SBC e pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FEI, Moreno ainda tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV-SP e é certificada como Personal & Professional Coaching pela SBCoaching.