Jean Piter Miranda
Quatro guerreiros imortais que se passam por pessoas normais. Eles vivem fazendo missões militares, como mercenários. Até aí, tudo bem. O problema aparece quando o segredo deles é descoberto e passam a ser perseguidos. Essa é a história de “The Old Guard“, filme de ação com Charlize Theron, lançamento da Netfilx, que vem fazendo grande sucesso.
Tudo começa quando o grupo pega um novo serviço. Do tipo que é só mais um pra eles. O contratante é Copley (Chiwetel Ejiofor), um agente secreto. E aí o que parece ser uma missão normal acaba colocando o grupo na mira da indústria, digamos, farmacêutica, comandada por Merrick (Harry Melling). O empresário quer amostras de DNA dos “heróis” para poder descobrir o que eles têm de especial, fazer disso um produto e vender pra todo mundo.
É um filme de ação e, como a maioria, não dá pra fugir muito dos clichês. Algumas coisas ficam previsíveis. Traição, gente que se arrepende e muda de lado. E muita porrada e tiro, é claro. Nisso o longa é bem bom. Tem várias cenas ação, muito bem feita, sem economizar no sangue e na violência, coisa que agrada muito, por ser mais realista, e por não se ver em produções como as dos estúdios Marvel e DC, por exemplo.
Charlize Theron manda muito bem na interpretação de Andy, a líder do grupo. Seja nos diálogos ou nas cenas de ação. O filme é dela, mesmo que muito da história gire em torno da personagem Nile Freeman (Kiki Layne). Charlize já se destacou em outros filmes de ação/futurista como “Mad Max: Estrada da Fúria” – 2016, “Aeon Flux” -2005 e o recente “Atômica” – 2017 (o segundo estreia em breve). A atriz que já ganhou um Oscar por “Monster” (2003) segue muito bonita, jovem e extremamente talentosa, aos 44 anos. Dá gosto de ver.
Voltando a “The Old Guard“, o filme deixa muitas questões em aberto, como a origem dos personagens e o que poderia ser o ponto fraco deles. Certo é que vai ter continuação. Tem cena pós-crédito, bem fácil de entender. Ao que parece, se der sucesso, pode até virar franquia, mesmo que um ou outro ator deixe o elenco nas sequências.
Pra quem é mais exigente, mais detalhista, e mais chato mesmo, os clichês podem incomodar. Você vê uma e outra situação e tem certeza de já ter visto cenas iguais. É a receita que dá certo para a indústria do cinema, então não dá para arriscar muito. Para quem vai assistir como mero entretenimento, o filme é bem bom. Está consideravelmente acima da média. E tem Charlize, o que já conta muito.
Ficha técnica:
Direção: Gina Prince-Bythewood
Produção: Skydance Productions / Denver and Delilah Productions
Exibição: Netflix
Duração: 1h59
Classificação: 16 anos
País: EUA
Gêneros: Ação/ Fantasia
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