A operadora de planos de saúde estabeleceu novos protocolos de atendimento para garantir bem-estar de pacientes no momento que mais precisam


A crise sanitária causada pela pandemia do coronavírus, há mais de quatro meses plenamente instalada no Brasil, vem causado diversos transtornos para todos. Mas não mais do que para pacientes com patologias severas, que já necessitavam de atenção especial no cuidado com a saúde, e suas famílias. A necessidade de isolamento social e o risco de contágio impuseram novos desafios para a manutenção da qualidade de vida desses pacientes.


A Case Manager do Programa Contigo, o programa de cuidados paliativos da operadora de plano de saúde Vitallis, Lívia Nishimura, explica que a reação inicial, especialmente das famílias dos pacientes, foi de pânico, mas novos protocolos ajudaram na adaptação dos cuidados. 


De acordo com Nishimura, em um primeiro momento, as equipes de atenção domiciliar trabalharam em dobro, cuidando tanto da parte educativa quanto da preventiva. “Foi importante explicar para as famílias que não era momento de pânico, mas sim de conscientização sobre o uso seguro de álcool, lavagem das mãos e seguir as recomendações do Ministério da Saúde. E houve, também, a necessidade de trabalhar a prevenção, buscando evitar que esses pacientes domiciliares fossem encaminhados para hospitais, de modo a não encher os prontos atendimentos, fazendo o máximo possível de conduções em domicílio, evitando, assim, a contaminação dos pacientes que não tivessem nenhum sinal e sintoma”, diz Lívia.


O acompanhamento dos sintomas dos pacientes e suas famílias também tem se mostrado muito importante para a correta realização dos cuidados e na proteção dos colaboradores que realizam os serviços de saúde residenciais. Além desse monitoramento, foram estabelecidos, pela operadora, novos protocolos de atendimento buscando resguardar tanto a equipe técnica, que inclui médicos, enfermeiros, psicólogos, conselheiro espiritual, fisioterapeutas e demais especialistas que sejam necessários para cuidar do bem-estar do paciente, para que pudessem fazer um atendimento seguro. “O que mudou foi a forma de atendimento, mas nós continuamos atendendo o paciente em domicílio”, diz Nishimura.


Dessa forma, o protocolo de atenção domiciliar do Programa Contigo ganhou como base uma estratégia preventiva. “Nós sempre telefonamos para o paciente, para fazer o agendamento da visita. A partir da pandemia, antes de visitar, o profissional pergunta como está o estado de saúde desse paciente e da família. Se alguém apresenta sinais e sintomas de síndrome gripal e ou síndrome respiratória mais avançada, os pacientes são notificados como suspeita de Covid-19 e o profissional que vai à residência utiliza todo o protocolo de Covid-19, com todos os EPIs necessários. Caso não seja necessário ir até a residência para fazer um atendimento mais avançado, a gente faz os atendimentos via teleconsulta desse caso suspeito”, explica. 


E a implementação desses novos protocolos, em especial da teleconsulta que não era feita, tendo sido regulamentada durante a pandemia, deu certo. “As famílias reagiram de forma muito positiva. Foi um desafio novo, mas que tornou a possibilidade de cuidados à vida durante a pandemia mais eficaz”, conclui Nishimura.