A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura de Minas Gerais (AsBEA-MG) reuniu, na manhã desta quinta-feira (30), arquitetos, urbanistas e imprensa para falar a respeito da proposta do novo Plano Diretor de Belo Horizonte prevista no Projeto de Lei 1749/2015.
Durante o encontro, a arquiteta e presidente da Asbea-MG, Fernanda Basques, falou sobre o impacto do novo Plano para capital mineira, caso ele seja aprovado. “A construção civil é uma engrenagem que movimenta toda a cidade, gera muito emprego, gera compra de material, gera muito serviço associado e a gente prevê uma paralisação até porque o Plano que está próximo de ser votado já é o terceiro substitutivo e foi completamente esvaziado de regulamentação”. A presidente também avaliou a questão técnica do novo Plano. “Quando a gente traduz em números o que está sendo dito na proposta não conseguimos fechar a conta e chegamos à conclusão de que ficará mais difícil construir em Belo Horizonte”, avaliou.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, a capital mineira teve saldo positivo de 8040 postos formais em fevereiro, dos quais 40% foram gerados pela construção, o que demonstra a importância do setor para a economia da cidade.
O diretor da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Ricardo Catão, também participou do encontro e falou a respeito do Plano. “Fizemos todas as simulações possíveis sobre o que estava proposto e elas demonstraram que haverá impacto negativo em todo o setor econômico de Belo Horizonte, gerando mais um imposto para o cidadão e causando o empobrecimento da cidade. A tendência do Plano é expulsar a população, entupir os corredores de trânsito, além do aumento nos custos para a população no valor do imóvel novo em torno de 30 a 35%”, avalia.
Após a reunião, a AsBEA-MG registrou em seu Instagram um manifesto contra o novo Plano(ver aqui). Na publicação, eles informam: “Precisamos focar nos resultados do planejamento proposto. Não ganha quem aprova um plano, ganhamos todos se os resultados forem bons para a cidade e não é isso que está sendo apresentado. Os resultados que extraímos, exercitando os números do atual Plano Diretor são desastrosos para a cidade como um todo”, disseram.