Segundo o último boletim da SES-MG, estado registrou 14 óbitos e 121.699 casos prováveis de Dengue, 1.228 casos de Chikungunya e 465 casos de Zika; prevenção é palavra de ordem
O estado está em situação de alerta para o aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a Dengue e as febres Chikungunya e Zika. “Com um registro crescente de casos já esperado para este período, de meses quentes e chuvosos, quando o principal vetor se reproduz, é importante ressaltar que as ações de controle devem ser permanentes, ocorrendo durante todo o ano”, alerta o médico infectologista da Vitallis, Leonardo Soares.
O aumento no número de casos é motivo de preocupação: segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), divulgado no dia 15 de abril, em 2019, até o momento, o estado teve registrados 121.699 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue, 14 óbitos por dengue confirmados e 48 óbitos em investigação para dengue. Em relação à Febre Chikungunya, já foram registrados 1.228 casos prováveis e, em relação à Zika, foram registrados 465 casos prováveis da doença.
A diferença entre as doenças, todas elas de sintomas semelhantes, está no tipo de vírus. “Elas são arboviroses, doença viral transmitida por artrópodes – insetos, aranhas ou carrapatos – transmitidas pelo mesmo mosquito, do gênero Aedes. A diferença entre uma e outra está no vírus causador da doença. O vírus causador leva o nome da doença. As doenças causam sintomas semelhantes que são difíceis de distinguir, principalmente no início, quando aparecem os primeiros sinais”, conta o médico.
Os sintomas para as três doenças são: febre, dor de cabeça, dores no corpo, dores nas articulações, dor no fundo dos olhos, manchas avermelhadas pelo corpo pruriginosas ou não, náuseas, vômitos e diarreia. Segundo o especialista, no caso da Dengue, a mais comum e também mais perigosa, os riscos são maiores. “Ela pode ser causada por quatro subtipos de vírus (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). O contato prévio com um subtipo de vírus da Dengue não protege de nova doença por outro subtipo. Neste ano, espera-se um epidemia pelo vírus 2 da Dengue”, alerta.
Por isso, a importância de insistir na prevenção das doenças. “A maneira mais simples de conter a transmissão é por meio da eliminação dos criadouros das larvas destes mosquitos. Pode-se alcançar esse objetivo evitando o acúmulo de lixo, jogando-se fora pneus velhos, tampando cisternas e caixas d’água, virando a boca de garrafas para baixo, colocando areia nos vasos de planta, não deixando vasilhas destampadas, instalando telas nas janelas para evitar a entrada do mosquito dentro de casa, entre outras diversas ações ensinadas incansavelmente para a sociedade pela mídia”, destaca Leonardo.
“Por fim, a dengue também pode ser evitada através da vacinação. A vacinação não está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e apresenta contraindicações específicas que devem ser avaliadas por meio de uma consulta médica. As febres Zika e Chikungunya ainda não possuem vacinas disponíveis. Todo cuidado agora é pouco”, finaliza o especialista.