Com topografia plana, arborização, localização privilegiada e efervescência cultural, o bairro Santo Agostinho conquista moradores e atrai investimentos de grandes construtoras
Localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte, o bairro Santo Agostinho é delimitado por importantes vias de acesso, como as avenidas do Contorno, Amazonas e Olegário Maciel. Facilmente conectado a outras regiões da capital e da Região Metropolitana, tem também saída próxima para o Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Além da localização privilegiada, o bairro leva a fama de um dos mais arborizados da capital mineira, se destaca na segurança e oferece acesso à serviços de qualidade como saúde, educação e comércio de alto padrão.
Levando em conta seus atrativos, a procura por imóveis no Santo Agostinho registrou um aumento significativo no primeiro trimestre de 2025, elevando também o seu valor de mercado. De acordo com o Data Secovi, instituto de pesquisas da CMI/Secovi-MG (Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais), no primeiro trimestre de 2025, foi registrado um aumento 9,9% no número de apartamentos comercializados no bairro, comparado ao mesmo período de 2024. No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o preço médio de um apartamento no bairro era de aproximadamente R$ 1,35 milhão, valor 12% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado.
O levantamento aponta que 55% da demanda por apartamentos no bairro Santo Agostinho, no primeiro trimestre de 2025, estava na faixa entre R$ 700 mil e R$ 2 milhões, que são imóveis de padrão médio e alto. “O bairro é extremamente bem localizado, está próximo ao Centro, ao lado de Lourdes, Savassi e Funcionários, além de possuir ruas bastante largas e ser plano, o que é uma grande diferencial em uma cidade como Belo Horizonte”, analisa Flávia Vieira, vice-presidente da CMI/Secovi-MG e diretora da Orcasa Netimóveis.
Potencial construtivo
As diversas vantagens do bairro Santo Agostinho não passaram despercebidas da mira de grandes construtoras mineiras. Somattos, MIP, Terrazzas e Canopus são algumas das incorporadoras que possuem empreendimentos na região e buscam expandir o mercado no bairro. Aurélio Rezende, gerente comercial da Somattos, acrescenta ainda que é cada vez mais escassa a disponibilidade de terrenos no Santo Agostinho, devido às qualidades do bairro. “Achar um bom terreno no Santo Agostinho é como achar uma joia rara. É um bairro tradicional, com perfil familiar, localização estratégica e possibilidade de fazer tudo a pé, por isso é extremamente vantajoso para se investir”, afirma Rezende.
Entre os projetos da Somattos no bairro, estão os edifícios de alto padrão: “Momento”, lançamento recente da construtora, e em construção, o “Lúmina”, entregue recentemente, e o “Allegro”, finalizado em 2012. O empresário Augusto Naime, morador do Santo Agostinho há 13 anos, e atualmente residente do Allegro, conta que a experiência de morar em um empreendimento completo, com todas as facilidades, dentro de um bairro como o Santo Agostinho faz toda a diferença. “No bairro já temos tudo que precisamos e o edifício em que moro complementa essa experiência. É um condomínio moderno e equipado para atender às nossas necessidades, atrelado a um bairro tradicional e familiar”, afirma Naime.
Outro empreendimento que vem ganhando destaque na região é o Iconic, que marca a estreia da construtora Terrazzas no bairro. Com previsão para ser entregue em 2027, a procura já é alta. Carlos Alberto, diretor comercial e administrativo da empresa, explica que o sucesso é a resposta para um perfil de cliente extremamente exigente. “Quem investe no Santo Agostinho valoriza funcionalidade, sofisticação e retorno sobre o investimento. Esse bairro é ideal para isso, tem uma topografia agradável, arborização, segurança e acesso facilitado. É um bairro onde a vida funciona com fluidez”, explica. Para o diretor, o que mais atrai os clientes é essa combinação entre infraestrutura urbana e qualidade de vida em um só local.
Ambiência de bairro
Para Alexandre Nagazawa, arquiteto urbanista e diretor da BLOC Arquitetura Imobiliária, o bairro Santo Agostinho é um dos seletos na capital mineira que foram capazes de manter uma atmosfera de bairro. “É um bairro cercado, contido em si por vias definidas de trânsito, o que deixa sua delimitação bem clara. A ambiência do bairro é reflexo da caminhabilidade, das ruas tranquilas e da presença de casas e parques arborizados.”, afirma o especialista.
O arquiteto acrescenta que a inserção urbanística do bairro é muito vantajosa, pelo fato de ser totalmente planejado e se localizar dentro da Avenida do Contorno. “O Santo Agostinho é um bairro pequeno, mas com toda a infraestrutura necessária, como o colégio Santo Agostinho, o hospital Mater Dei, Banco Central, órgão públicos e muito mais”, explica Nagazawa. O especialista reconhece a união da população que habita no Santo Agostinho. “É um bairro que se preserva no meio urbano, devido a força dos moradores, que têm acesso a repertório político e estão à frente das decisões pelo futuro do bairro”, completa Nagazawa.
História e evolução
Até se tornar o que é hoje, a história peculiar do bairro Santo Agostinho revela o motivo da sua popularização entre a alta classe mineira. Sua história se inicia por volta da década de 30, quando foram tampados os córregos Leitão e Barroca, que cortavam a região. Nessa época, o local, apesar de se encontrar dentro da área planejada na Avenida do Contorno, era considerado um bairro periférico na cidade. Foi com a inauguração do Colégio Santo Agostinho na Avenida Amazonas, em 1936, que os ares começaram a mudar.
Com a abertura de um dos principais colégios da capital mineira, trazido para o Brasil por padres espanhois, o bairro passou a ser frequentado pela elite do estado. Assim, a região se expandiu e sua popularidade cresceu entre a alta sociedade belo-horizontina. Posteriormente, o bairro ganhou parte da Praça Raul Soares, na época considerada ponto de encontro da elite social. Mais tarde, em 1952, o icônico Edifício JK, marco na carreira de Oscar Niemeyer como arquiteto, é inaugurado, tornando o bairro ainda mais importante. Posteriormente, o Santo Agostinho recebe órgãos públicos importantes como a Assembleia Legislativa e o Ministério Público, além do shopping considerado o mais luxuoso de Belo Horizonte, o Diamond Mall.
Outro grande destaque do bairro é a Praça da Assembleia, oficialmente denominada como Praça Carlos Chagas. Em frente à sede da Assembleia Legislativa e próxima a importantes avenidas como Olegário Maciel e Augusto de Lima, o espaço é utilizado pela população para realização de exercícios físicos e como ponto de encontro para crianças brincarem ou para passear com animais de estimação. Além disso, a praça é palco de diversos eventos culturais, como shows gratuitos, eventos gastronômicos, feiras de artesanato e economia solidária e performances de teatro de rua e dança.
“É um privilégio morar no Santo Agostinho, um bairro repleto de cultura, arborizado e com grande senso de comunidade”, afirma Silvio Magalhães, presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Santo Agostinho (AMAGOST) há 6 anos. Para o morador, o bairro apresenta diversas vantagens, graças à parceria entre os moradores e o fortalecimento da associação. “Pela nossa proximidade com a Polícia Militar, a Guarda Municipal e órgãos como o Ministério Público e Assembleia, que ficam perto de nós, temos discussões muito pertinentes sobre a segurança e o cuidado com o meio ambiente no bairro”, afirma Magalhães.
De acordo com o presidente da associação, todo ano os moradores se mobilizam para plantar árvores na região e periodicamente promovem cursos de segurança para faxineiros, porteiros e zeladores dos empreendimentos do bairro com verbas da própria associação. “Além do nosso trabalho de mobilização, o bairro em si já é muito prazeroso, temos uma grande oferta de cultura como a Orquestra Filarmônica e a presença de restaurantes e bares renomados e aclamados na capital”, declara Magalhães.