Jovens que promoveram massacres em escolas do país se apropriam de símbolos nazistas para cometerem terror
O caso do jovem de 16 anos que matou três pessoas após entrar armado em duas escolas na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, no último dia 25 de novembro, é mais uma tragédia que reforça o alerta para o crescimento do nazismo no país. Foi o terceiro massacre em instituições de ensino com associação nazista, desde 2019.
Neste caso mais recente, o jovem atirador usava uma suástica no braço e era admirador de conteúdo nazista. Em 2021, três crianças e duas professoras foram mortas a golpes de facão por um jovem de 18 anos em uma creche na cidade de Saudades (SC). Com o avançar das investigações, a polícia já identificou indícios de associação do criminoso às células neonazistas, da mesma forma que outro rapaz que, em 2019, matou dez pessoas em uma escola estadual de Suzano (SP).
“Esses casos evidenciam o que já percebemos. Nos últimos anos, tem havido um processo de normalização da ideologia supremacista de Adolf Hitler no Brasil. É preciso ressaltar que a apologia ao nazismo no país é crime”, afirma Daniel Douek, diretor-executivo do Instituto Brasil-Israel (IBI).
Nesta terça-feira, 29, mais um crime de caráter neonazista ocorreu no Brasil: a Escola Municipal José Silvino Diniz, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, amanheceu pichada com suásticas e com o nome de Hitler escrito nas paredes.
“O momento é de grande preocupação, visto que esses grupos neonazistas estão se expandindo no país e aliciando jovens para inflamar o discurso de ódio e transformá-lo em prática de atos violentos, como esses massacres que assistimos”, destaca Douek. “É preciso cumprir com rigor a nossa legislação, que já prevê