Projeto iniciado em março deste ano, foi conduzido pelo engenheiro Allen Roscoe, que foi assistente do artista
Após seis meses de trabalho, foi entregue, no dia 14 de setembro, a última restauração do Projeto de Conservação e Restauração das Obras Públicas de Amilcar de Castro: a escultura localizada nos jardins da Câmara Municipal de Belo Horizonte. A iniciativa, que teve início em março deste ano, foi viabilizada pelo patrocínio da ArcelorMittal, líder de aço no Brasil e no mundo, com investimentos via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.
Ao todo, nove obras do artista e escultor Amilcar de Castro, localizadas em praças e jardins da capital mineira, passaram por restauros e manutenção. São grandes esculturas produzidas a partir de chapas e placas de aço e que são exemplares do movimento artístico “construtivista”, do qual Amilcar de Castro foi o maior expoente.
“A ArcelorMittal tem orgulho de estar com o Instituto Amilcar de Castro (IAC), espaço dedicado a preservar as obras do acervo desse artista mineiro que ganhou projeção internacional. E acontece em linha com nossa história centenária de valorização do patrimônio histórico e cultural brasileiro e com nossos recursos investidos em ações sociais, via Fundação ArcelorMittal. Em 2021, alcançamos o recorde anual de mais de R$120 milhões, entre recursos próprios e incentivados, destinados a iniciativas voltadas para educação, cultura, esporte e filantropia corporativa. Com isso, a companhia se posiciona novamente como a maior incentivadora em Minas Gerais do esporte e, a partir de agora, também da cultura, por meio das leis estaduais de incentivo”, destaca Paula Harraca, diretora do Futuro e presidente da Fundação ArcelorMittal.
O trabalho foi conduzido pela equipe do Instituto Amilcar de Castro, e o Arquiteto Allen Roscoe, que atuou como assistente do escultor, e que detém a expertise de manuseio das peças de Amilcar de Castro.
O objetivo do projeto de Conservação e Restauração das Obras Públicas de Amilcar de Castro é dar visibilidade ao patrimônio do artista exposto em espaços públicos de Belo Horizonte e sensibilizar, valorizar e conscientizar sobre a importância da preservação do mesmo.
De acordo com a Restauradora do Instituto Amilcar de Castro, Raquel Teixeira, a maioria das obras apresentavam sujidades, arranhões, vandalismos, oxidações localizadas, pichações, manchas e falta de manutenção. “O trabalho que o projeto propôs foi de conservação, limpeza superficial, hidratação da camada de aço cortem e readequação do espaço físico onde o bem está localizado”, explica.
Obras restauradas
A escolha das nove obras que seriam restauradas foi baseada em estudos preliminares realizados pela equipe do projeto, a fim de identificar as que apresentavam necessidade de manutenção preventiva e restauro. Confira as obras que foram restauradas com o patrocínio da produtora de aço e sua localização em Belo Horizonte:
– Sem título, 1970 – Obra instalada na Praça Alaska, no bairro Sion;
– Sem título, 1980 – Obra no Parque de Exposições da Gameleira;
– Sem título,1988 – Obra instalada na praça Carlos Chagas em frente à Assembleia Legislativa;
– Sem título, 1997 – Obra instalada nos jardins da Câmara Municipal;
– Sem título, 1997 – Obra instalada nos jardins do Museu de Arte da Pampulha;
– Sem título, 1977 – Obra instalada no jardim do Ministério Público;
– Sem título, 2000 – Obra instalada nos jardins da Escola Professor Hilton Rocha;
– Sem título, 2001 – Obra instalada nos jardins da Infraero;
– Sem título, 1997 – Obra instalada em prédio da Universidade Pitágoras.