O projeto envolve uma cartilha com todas as orientações de boas práticas, check list digitalizado e um Selo que atesta que a loja segue as medidas de segurança
Para colaborar com o varejista na reabertura de sua loja de modo que seu cliente se sinta seguro, é que a Abiesv – Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo lança o Projeto ‘Loja + Segura’ (http://www.lojamaissegura.com.br/), que tem um guia com uma série de orientações de medidas a serem tomadas de prevenção ao Covid-19, seguindo as normas da Organização Mundial de Saúde – OMS e as melhores práticas adotadas nos mercados nacionais e internacionais, que reabriram o seu comércio. Ao entrar no portal, o lojista terá acesso a formulários online, que preenchidos comprovarão a adoção das medidas de proteção e darão o direito ao estabelecimento de usar o Selo ‘Loja + Segura’. O projeto tem a parceria tecnológica da InfoGo — startup que digitaliza processos internos de empresas por meio do uso de aparelhos celulares; e o apoio da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas – CNDL.
Quer dizer, além de um roteiro completo de higiene, o Loja + Segura pretende ser um selo de qualidade e compromisso do estabelecimento com as práticas mais modernas de limpeza e cuidados com o cliente. “É fundamental que, ao retornar, a loja demonstre aos seus clientes uma preocupação verdadeira com a situação atual. Que empresários e colaboradores estejam engajados neste processo, pois a execução dessas medidas será a diferença para manter a loja aberta. Os consumidores têm que perceber, claramente, este cuidado e se sentirem seguros em frequentar o ambiente”, afirma Marcos Andrade, presidente da Abiesv e CEO da Expor Manequins. “Nós da Abiesv, que reunimos as empresas e profissionais que realizam os projetos mais relevantes do varejo físico, estamos comprometidos em colaborar ao máximo com as lojas que já abriram em algumas cidades do País e as que vão abrir para que estejam realmente preparadas para um retorno com segurança”, completa.
Segundo Ana Costa, diretora de Acadêmico e Conteúdo da Abiesv, “temos que levar em conta as mudanças de comportamento do consumidor, que já vinham acontecendo há algum tempo, mas que agora ganham outra dimensão com a pandemia, que calcula-se deva gerar alguns efeitos até 2022, como distanciamento social, limite de aglomeração, desemprego em massa, interrupção da cadeia de suprimentos e precauções com a higiene, entre outros”.
Isso refletirá em mudanças comportamentais do consumidor pós-pandemia, explica Ana, que é especialista em comportamento de consumo, trade marketing e gestão em PDV. “O consumidor deve cobrar mais dos estabelecimentos, em vários aspectos, que vão além da exigência de que o local esteja limpo e desinfetado”.
A Abiesv está lançando ‘Loja + segura’, logo após ter criado o Movimento ‘Apoie o Pequeno’ (www.apoieopequeno.com.br), loja virtual gratuita para o pequeno empresário. “Estamos com ações que possam ajudar ao máximo, sobretudo o pequeno negócio que mais necessita”, diz Andrade.
Sobre a ‘Loja+Segura’ — Ao entrar no portal, o varejista achará de forma clara e exequível, todas as medidas que devem ser tomadas, com itens organizados em orientações para os funcionários da loja, para os gestores (inclusive em relação a serviços terceirizados e entregadores), para os casos de pessoas suspeitas de infecção pelo Covid-19, além de providências no ambiente.
Após ler e fazer as adaptações necessárias em sua loja, o varejista deve responder ao questionário de cadastramento — bastando entrar pelo telefone, escanear o QR Code e preencher os formulários do cadastro inicial e depois o check list diário, uma boa forma de controlar tudo por meio de checagens periódicas digitais. Assim, receberá e poderá ostentar o selo ‘Loja + Segura’ — e aplicar na vitrine e mídias sociais –, que comprova estar seguindo um protocolo de ações com atitudes que protegem o ambiente e a todos. “O empresário ganha o selo ao colocar em prática as sugestões da Cartilha, comprovadas pelo preenchimento do Check list com fotos do local”, explica Marcos Andrade. E os clientes também poderão conferir que a loja é segura ao ver o selo e se quiserem, também, poderão escanear o QR e checar todas as medidas tomadas, comprovando que a loja seguiu nas recomendações. O consumidor tem um papel importante nesse processo, porque o sistema o permite denunciar o estabelecimento, caso o lojista esteja descumprindo os compromissos que assumiu.
“Nesta nova era, as empresas trabalharão de forma mais enxuta e, para isso, terão que passar pela digitalização de seus processos internos, no dia a dia. As empresas que não digitalizarem suas rotinas perderão competitividade, pois o foco agora deve ser os custos, mais do que as vendas”, explica Marcus Taccola, CEO da InfoGo. Segundo o executivo, a parceria com a Abiesv é importante para padronizar todas as medidas de segurança necessárias para o varejo e, após esse período, manterá o propósito de digitalizar processos inerentes à operação. “É um trabalho que só agrega e dá início à transformação digital necessária para qualquer negócio”, completa.
A seguir as providências que a loja deve tomar no ambiente, inclusas na cartilha. Para ver as demais orientações, entrar no www.lojamaissegura.com.br:
1. Determine a quantidade de clientes que poderão ser atendidos simultaneamente. As primeiras determinações no Brasil estipulam 50% da quantidade permitida em seu alvará de funcionamento. (Consulte se há alguma legislação local que altere este entendimento – Seu contador poderá ajudá-lo com isso)
2. Afixe cartazes informativos para seus funcionários e clientes em locais estratégicos. Para funcionários, no refeitório, banheiros, corredores de acesso.
3. Criar espaçamento na loja, isto pode incluir retirada de equipamentos e curadoria / redução de quantidade ou SKU de produtos, permitindo melhor fluxo e corredores mais largos. Lembre-se que a percepção do cliente é importante para construir a sensação de segurança.
4. Aumentar o espaço entre postos de trabalho.
5. Afastar mesas no refeitório, criar turnos que diminuam a aglomeração no mesmo tempo.
6. Criar turnos de trabalho reduzindo a quantidade de funcionários ao fluxo de clientes.
7. Criar horário para atendimento de grupos de risco – divulgar
8. Criar espaço de espera para eventuais clientes quando a capacidade total da loja estiver sendo utilizada. Espaçamento/abrigo do sol e chuva/eventual, com agrado (água, suco, etc)
9. Sinalização de sentido único nos corredores. Sinalização do espaçamento de 1,5m de distância nos caixas.
11. “Envelopamento” em filme plástico das máquinas de cartão.
12. Determinar e abastecer os pontos de distribuição de álcool gel na loja, determinando responsáveis pela reposição dos mesmos.
13. Espaçamento dos assentos em lojas de calçados e provadores em lojas de moda.
14. Assegurar que todos funcionários tenham equipamentos de proteção, máscaras e todo o necessário para sua proteção. Determinar quem deverão procurar caso necessitem.
15. Colocar painéis de isolamento nos caixas.
16. Verifique a possibilidade de ofertar visitas agendadas e coleta na loja ou drive-thru.