Maristela Bretas
Sobram kaijus (monstros, em japonês), efeitos especiais, ações e ótimas atuações em “Godzilla II: Rei dos Monstros” (“Godzilla: King of the Monsters”), que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. São pouco mais de duas horas que passam rapidamente e, apesar de as batalhas ocorrerem em cenas mais escuras (no 3D será problema), elas são grandiosas como os titãs, entregando uma sequência que não perde em nada a seu antecessor.
Como os próprios personagens citam no filme, a história acontece cinco anos depois de Godzilla derrotar uma gigantesca criatura em “Godzilla” (2014) em San Francisco. Além de Gojira (Godzilla em japonês), o diretor Michael Dougherty ressuscita outros tão poderosos e destruidores quanto ele, incluindo um bem conhecido do público – King Kong , o mesmo da produção “Kong: A Ilha da Caveira” (2017), que também aparece no filme como o lar do gorila mais famoso do cinema. Essa produção inclusive indicou que haveria uma sequência, com uma possível invasão das cidades por monstros pré-históricos.
Até porque, a empresa responsável por pesquisar e explorar estes titãs é a mesma – Monarch -, que retorna em “Godzilla II” fazendo mais estrago que nos dois filmes anteriores. E não vai parar por aí. O terceiro filme já está previsto para estrear em maio de 2020 e terá outra grandiosa batalha – “Godzilla vs King Kong” .
Tanto em “Godzilla” quanto em “Kong: A Ilha da Caveira“, os elencos foram pontos positivos. O primeiro contou com o ótimo Bryan Cranston, Juliette Binoche, Aaron Taylor-Johnson e Elizabeth Olsen. Já no segundo teve Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson, Brie Larson, John C. Reilly e John Goodman. O destaque em “Godzilla II” fica para Vera Farmiga (“Invocação do Mal 2” – 2016), no papel da cientista Emma Russel, que divide as atenções com Kyle Chandler (“O Primeiro Homem” – 2018), como seu ex-marido e pesquisador Mark Russell. Do primeiro filme, o diretor retorna com Ken Watanabe, como o cientista Ishiro Serizawa; Sally Hawkins, a parceira dele em pesquisas, dra. Wates, e David Strathairn, como o general Stenz, que adora exterminar um monstro.
Mas a grande estreia na telona e confirmando seu potencial, reconhecido pela série “Stranger Things”, foi Millie Bobby Brown. A jovem está ótima no papel de Madison, filha do casal Russell. Criada pela mãe e com pouco contato com o pai nos últimos cinco anos, tem o mesmo carinho e admiração pelos monstros gigantes. Millie está confirmada no elenco do terceiro filme – “Godzilla vs King Kong”, assim como Kyle Chandler.
“Godzilla II: Rei dos Monstros” se passa cinco anos depois da aparição do gigantesco lagarto, que acabou virando o “monstro amigo” após vencer um inimigo maior. O cientista Mark Russell não se conforma de ter perdido o filho pequeno na batalha de 2014 e se afasta da família. A ex-mulher Emma continua como uma das pesquisadoras das Empresas Monarch e cria a filha neste mundo.
Até que as pesquisas dos cientistas da empresa fazem ressurgir outras gigantescas criaturas em vários pontos do planeta, ameaçando a raça humana de extinção. Entre os titãs estão Ghidorah (uma serpente de três cabeças também chamada de o demônio da galáxia), Mothra (a rainha dos monstros, semelhante a uma mariposa) e Rodan (o pteranodonte). Novamente, a saída será apelar para o Rei dos Monstros, que está mais bombado, com luzes mas costas que dão um efeito bacana debaixo d’ água e à noite nas batalhas, assim como o raio radioativo que lança pela boca como um dragão. O olhar está ainda mais assustador.
Vale a pena assistir? Claro, tem muita ação, o tempo todo, com ótimas batalhas em terra, no mar e no ar. Gojira apanha (como todo bom “mocinho”), mas bate muito e a destruição não parece mais caixa de papelão rasgada. As cenas são dignas de um ótimo filme do maior dos titãs .
Ficha técnica:
Direção: Michael Dougherty
Produção: Legendary Pictures
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 2h12
Gêneros: Ação / Ficção
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 3,8 (0 a 5)