Neste sábado, dia 28 de julho, é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A celebração tem o objetivo de atrair as atenções para o tema, conscientizando a população sobre as doenças e incentivando a criação de novas políticas públicas, ou consolidação das já existentes, para a garantia do acesso universal ao tratamento e prevenção.

Para se ter uma ideia da importância da discussão sobre o assunto, existem sete tipos de hepatite: A, B, C, D, E, F (ainda não diagnosticada em humanos) e G. Um dado alarmante é que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), somente as infecções por meio das hepatites B e C, por exemplo, chegam a ser responsáveis por 1,4 milhões de mortes ao ano em todo mundo. “O grande problema é que são diversas as formas de hepatites e todas elas são doenças extremamente silenciosas, que a longo prazo podem levar a complicações graves. Por isso a importância de um grande trabalho de conscientização para que as pessoas busquem um diagnóstico preciso”, alerta o médico infectologista da Vitallis, Leonardo Soares.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, de 1999 a 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 561.058 casos confirmados de hepatites virais, sendo 162.847 (29,0%) referentes aos casos de hepatite A, 212.031 (37,8%) de hepatite B, 182.389 (32,5%) de hepatite C e 3.791 (0,7%) de hepatite D.

Transmissão e sintomas

A inflamação pode ser causada pelo vírus da doença, por meio de água e alimento contaminados, e também pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. A hepatite do tipo A é mais comum em crianças e ocorre de forma branda e sem sintomas. Entretanto, ela é mais séria em adultos e os sintomas tendem a ser mais graves. Já as hepatites do tipo B e C, este último o mais grave de todos, são transmitidas por fluidos contaminados – incluindo a relação sexual sem proteção.

A doença pode causar a infecção crônica do fígado e possivelmente se tornar um câncer na idade adulta. Entre os sintomas da hepatite estão mal estar, dor abdominal, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, vômitos e pele e olhos amarelados e fezes esbranquiçadas.

Prevenção e tratamento

Entre as formas de prevenir a doença, é importante evitar o contato com águas contaminadas, lavar bem as mãos e cozinhar bem os alimentos; usar sempre material esterilizado ou descartável em manicures, estúdios de tatuagem, acupuntura, serviços de saúde e procedimentos médicos e odontológicos; e não compartilhar escovas de dente, alicates de cutícula e lâminas de barbear ou depilar.Também é importante reforçar a importância de utilizar preservativo em todas as relações sexuais. 

Usuários de drogas não devem compartilhar agulhas, seringas, canudos e cachimbos e gestantes devem realizar exames no pré-natal para evitar a transmissão vertical-mãe para filho.

Para alguns tipos de hepatite, existe a vacina. Contra o tipo B, a vacina está disponível na rede pública e sua imunização ocorre em três doses. Na rede privada, pode-se tomar a vacina combinada contra as hepatites A e B.

Não existe tratamento específico para as formas agudas da hepatite. É possível apenas fazer o tratamento sintomático para náuseas, vômitos e prurido. O tratamento em si, só a critério médico. Na fase crônica, é necessária a realização de biópsia hepática para avaliar a indicação de tratamento específico.

O médico infectologista da Vitallis, Leonardo Soares, está à disposição para mais esclarecimentos e entrevistas.